Caroline Hyde, repórter da agência de notícias financeiras norte-americana, viajou até à capital portuguesa para retratar a cidade que irá receber o maior evento de empreendedorismo da Europa nos próximos três anos, o Web Summit. Além das semelhanças já conhecidas entre Lisboa e São Francisco, como a ponte e os elétricos, a repórter destacou ainda o ecossistema de startups. Consulte aqui a reportagem
‘É um privilégio trabalhar em Lisboa. Podemos ir surfar uma hora todas as manhãs antes do trabalho’, diz à Bloomerang André Albuquerque, responsável pelo crescimento da Uniplaces, a startup portuguesa que acabou de atrair um investimento de 22 milhões de euros. ‘Trabalhei na Google em São Francisco e vejo que Lisboa está na mesma direção. Há um ambiente de crescimento e a energia das pessoas é muito semelhante nas duas cidades’.
A jornalista refere ainda que em Lisboa as ‘startups de tecnologia estão a expandir-se e a angariar milhões’, destacando o papel das incubadoras, localizadas no centro da cidade, ‘que contribuem para o ecossistema local’. Contudo, sublinha, a escala ainda é ‘minúscula’ quando comparada com Silicon Valley, em São Francisco.
Uma ideia reforçada por Alexandre Barbosa, fundador da Faber Ventures, que vê a cena das startups crescer em Lisboa, apesar de ainda ser pequena em comparação com os Estados Unidos. ‘Acredito que Lisboa vai ser um dos principais canais entre a Europa e os Estados Unidos’, afirma na reportagem.
Também João Vasconcelos, director da Startup Lisboa, reconhece que a capital portuguesa é cada vez mais um ponto relevante no mapa-mundo das startups. O ex-vice-presidente da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) dá como exemplo a Talkdesk, uma empresa criada por jovens engenheiros do Técnico que recebeu investimento da Google Ventures. ‘Lisboa é o sítio onde a Europa acaba e o mundo começa’, diz, em tom de entusiasmo, à bloomerang.
‘A onda de excitação é notória, e os empreendedores portugueses estão a ´surfá-la`’, remata a jornalista da Bloomerang.
