Building The Future: “preparando a nova revolução digital”

Building the Future 2023 (Foto de Dário Branco)

O Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, recebeu o principal evento português de transformação digital. O Building The Future contou com 15 mil participantes e 20 mil visualizações de sessões, numa iniciativa que decorreu simultaneamente online e presencial.

O evento patrocinado pela Microsoft Portugal e organizado pela Imax reuniu mais de 130 oradores em 75 sessões que, durante dois dias debateu a “Teoria do Caos” em resultado dos desafios pós-pandemia, inflação, ameaças de recessão económica, guerra e crises energética e climática.

Face ao cenário de mudança global, Cindy Rose, Presidente da Microsoft Western Europe, reforçou a importância do investimento nas tecnologias digitais: “É mais importante do que nunca que as empresas continuem a investir na inovação para saírem destes períodos conturbados mais fortes”.

Para Mário Campolargo, Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, “a nossa sociedade é hoje, em grande medida, uma sociedade digital, onde os sistemas informáticos e a informação ocupam um lugar central nas nossas vidas”. Uma ideia que foi também reforçada por Carlos Moedas, Presidente da Câmara de Lisboa, sublinhando que “a tecnologia pode trazer mais riqueza e mais emprego para a nossa cidade.”

Building the Future 2023 (Foto de Dário Branco)

“Vivemos entre o Risco e a Oportunidade”

O evento que decorreu na quarta e quinta-feira, 25 e 26 de janeiro, atraiu uma série de especialistas de renome internacional para falar de como a tecnologia está a redefinir o progresso humano e o papel da de Inteligência Artificial nessa mudança.

“Em 2023, continuaremos a ver as organizações a acelerarem a utilização de Inteligência Artificial, machine learning, automatização de processos robóticos e outras tecnologias Cloud”, frisou Cindy Rose, Presidente da Microsoft Western Europe.

Este é mesmo “um momento de interseção entre risco e oportunidade”, sendo necessário uma nova revolução industrial marcada pelo software, disse Andrés Ortolá, Diretor-Geral da Microsoft Portugal. “O software é o recurso mais maleável que temos, pois consome menos energia e torna-nos de facto mais produtivos, para que possamos responder aos desafios que vivemos”, acrescentou.

No evento participaram ainda Omar Abbosh, Tiago Monteiro e Sophia Wikander (Microsoft), Diogo Mónica (Anchorage Digital), Siim Sikkut (Digital Nation), Björn van Roye (Bloomberg LP) e Ana Sofia Antunes (Secretária de Estado da Inclusão), além de especialistas nas Indústrias de Financial Services, Energy & Utilities, Retail & Services e Health.

No segundo dia do evento destacaram-se ainda as participações de David Carmona, Miguel Vicente e Charles Lamanna (Microsoft), Ricardo Conde (Agência Espacial Portuguesa), Marcia Narine Weldon (University of Miami School of Law) e Robin Teigland (Chalmers University of Technology).

Patrícia Mamona, atleta olímpica, subiu, também, ao palco para falar no caminho de superação e resiliência ao longo da sua carreira desportiva e do impacto da tecnologia enquanto ferramenta para potenciar e maximizar a sua performance.

Building the Future 2023 (Foto de Pedro Machado)

Startups apresentam soluções inovadoras

O Building The Future também apresentou um conjunto de startups que estão a ser apoiadas pela Microsoft Portugal no desenvolvimento dos seus projetos. Na indústria da moda, o destaque foi para a startup portuguesa Fashable, que desenvolveu um algoritmo que permite criar designs de roupa com base em sistemas de inteligência artificial. A solução permite o desenvolvimento de coleções de forma mais rápida, reduzindo no desperdício e com maior personalização das linhas.

Na saúde, o enfermeiro João Rodrigues, da ARS Norte, sem experiência em programação, desenvolveu, em dois dias, uma Power App, integrada em Teams, que permite otimizar processos como rastreios do cancro do colo do útero, bem otimizar processos de gestão de equipas de enfermeiros, secretários clínicos e médicos, impactando mais de 3,8 milhões de utentes.

Também a Marinha Portuguesa lidera pelo exemplo, ao recolher dados em tempo real que lhes permite garantir não só a biodiversidade da costa marítima portuguesa, como a fiscalização e controlo costeiro.

As sessões do Building The Future vão estar disponíveis na plataforma e na app até 5 de fevereiro, bem como as restantes funcionalidades.

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