Um estudo recente do Governo revelou que quase 6% dos alunos entre os 11 e os 18 anos já foram vítimas de bullying. No entanto, mais de 60% das vítimas não denunciam o agressor, e as que o fazem demoram, em média, 13 meses a reportar a situação.
A Ordem dos Psicólogos lançou um manual baseado em evidência científica para ajudar jovens, pais e professores a lidar com este problema e a denunciar a situação.
De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), os casos de bullying aumentaram 181% entre 2020 e 2022, tornando urgente a criação de mecanismos eficazes de prevenção, identificação e apoio às vítimas.
A Ordem dos Psicólogos Portugueses alerta para o impacto psicológico do bullying, que pode gerar baixa autoestima, isolamento e medo, dificultando a denúncia. O fenómeno ocorre frequentemente contra alunos considerados diferentes, mais introvertidos ou com menos apoio social.
Por outro lado, também os agressores tendem a ter dificuldade em gerir emoções, pouca empatia e exposição a comportamentos violentos no ambiente familiar. Além do impacto imediato nas vítimas, os bullies enfrentam, a longo prazo, um maior risco de insucesso escolar, consumo de substâncias e comportamento violento na vida adulta.