Colaboradores e consumidores não estão dispostos a esperar que as suas empresas se tornem amigas do ambiente. Da mesma forma que a modernização tecnológica exige que os profissionais se aperfeiçoem continuamente, também as alterações climáticas exigirão que as empresas, sociedades e indivíduos se adaptem à aprendizagem ao longo da vida sobre sustentabilidade.
Assim, além das questões relacionadas com a sustentabilidade passarem a ser prioridade para consumidores e colaboradores, também a política e regulamentação ambiental aumentará a procura de competências de ‘emprego verde’ para empresas e seus profissionais.
O cofundador e CEO do Back Market, Thibaud Hug de Larauze, explica aos leitores do Empreendedor as principais tendências a considerar pelas empresas para se tornarem ‘mais verdes’. A primeira passa pela maior consciência dos consumidores sobre as escolhas que podem fazer e a forma como as empresas comunicam, designadamente através de influenciadores.
“Os Influenciadores que ignoram o compromisso climático dos jovens escolhem fracassar”, sublinha Thibaud Hug de Larauze. O CEO do Back Market afirma que está em desenvolvimento um novo modelo de influenciar: “O ‘greenfluencing’ servirá como uma forma de os produtores de conteúdos digitais se aproximarem das exigências e preocupações das gerações mais novas, que defendem o ambiente com grande avidez. Por outro lado, quem escolher ignorar estes tópicos estará a afastar-se do público com maior presença nestes novos meios”.
O direito à reparação de equipamentos é outra tendência que estará para ficar. Nas últimas décadas o consumo caracterizou-se pela substituição – em vez da reparação – dos equipamentos avariados, ao mesmo tempo que crescia entre os consumidores a desconfiança relativamente à obsolescência programada.
“Para reduzir o impacto ambiental da eletrónica, é necessário que os fabricantes cooperem e que os consumidores sejam mais conscientes das suas opções”, acrescenta Thibaud Hug de Larauze. Esta área é o foco do Back Market. A empresa é líder no mercado de aparelhos eletrónicos recondicionados e está presente em Portugal, desde março de 2021.
“No Back Market estamos dispostos a tornar a tecnologia circular dominante, através da oferta de produtos eletrónicos recondicionados, no entanto, apesar de ser um passo importante para a contribuição para uma melhoria ambiental, não é suficiente”.
“Assim, de entre os passos dados face à inovação no campo da sustentabilidade, o trabalho para tornar a reparação eletrónica parte do Acordo Verde Europeu, através da Campanha Europeia do Direito à Reparação, está também a acontecer”, frisa Thibaud Hug de Larauze.
“Como parte do comité diretivo da Campanha Europeia do Direito à Reparação estamos bastante entusiasmados por continuar a defender regulamentos pró-reparação e pró-ambiente em maior escala, em toda a Europa. Para reduzir o impacto ambiental da eletrónica, precisamos que os fabricantes cooperem e nós estamos a trabalhar para tornar a reparação eletrónica parte do “Green Deal Europeu”, conclui.
O Back Market é uma empresa especializada na sustentabilidade tecnológica e líder no mercado de aparelhos eletrónicos recondicionados. Fundada em França, em 2014, conta atualmente com 650 funcionários e uma presença em 16 países do mundo, incluindo EUA e Japão além de europeus.