Os líderes corporativos, quer sejam CEOs, CFOs, COOs ou outros cargos equivalentes, que apenas se preocupam com as suas responsabilidades executivas perdem empatia no que diz respeito à sua própria imagem de marca pessoal.
Muitos não fazem ideia quanto as suas personalidades e estilo de vida podem influenciar os colaboradores, dentro e fora das empresas. Líderes que se posicionam claramente em questões ambientais, sociais e que sobretudo praticam desporto regularmente, são percebidos como marcas pessoais admiráveis. Assim, são valorizados como personalidades, as chamadas “love personal brands“.
O líder que pratica desporto, seja ténis, corrida, triatlo, ciclismo, ou que simplesmente tem cuidado com a saúde do corpo e da mente – até mesmo com o simples hábito de caminhar ou frequentar o ginásio – é percebido como exemplo a ser seguido. Aspetos como resiliência, organização e gestão do tempo, superação dos limites e saúde, são características altamente desejáveis por seus admiradores, seguidores e colaboradores.
Um estudo da Edelman, o “2016 Edelman Trust Barometer“, mostrou que o engajamento dos dirigentes precisa ser melhorado, sobretudo na maneira como eles tratam os funcionários e clientes, assim como falhas na exposição dos propósitos da companhia, através do seu envolvimento na questão ambiental, impacto na comunidade e parcerias com ONGs, governo, entre outras.
Para 85% dos entrevistados, os executivos também deveriam aparecer mais discutindo questões sociais. “Já vivemos a era do CEO celebridade, depois tivemos o CEO invisível e agora as pessoas querem o CEO autêntico”, diz Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman.
Outro apontamento da pesquisa diz respeito ao papel do gestor como produtor de conteúdo nos medias digitais: é mais esperado na medida em que essas plataformas cresceram. “Existe uma expectativa para que o dirigente entre em campo, saia da toca e se posicione sobre questões políticas e sociais”, afirma Sarkovas. Para ele, é preciso que o dirigente construa uma agenda de interesse público.
Assim, a imagem de marca de um gestor público ou corporativo ganha valor agregado e admiração à medida que a sua personalidade esteja bem posicionada e de forma consciente. Gestores que não se preocupam com a sua imagem correm o risco de cometerem equívocos perante o público (afinal de contas, somos todos marcas, queiramos ou não), ou de perder oportunidades de mercado. Um posicionamento de marca de acordo com o que o líder quer transparecer é uma atitude inteligente.
O líder que pratica desporto desperta inspiração e exemplo, características que vão além da bagagem intelectual e profissional que carregam nas corporações por onde passam.