Coach ID é uma plataforma direcionada a treinadores, clubes e jogadores de futebol e futsal. O software disponibiliza uma app e uma cloud com ferramentas que ajudam o treinador em tarefas de planeamento, táticas, construção de exercícios, análise de jogos e outras funções essenciais na preparação de uma equipa.
Criada por João Daniel Rico e Acácio Santos, dois treinadores de futebol que se inspiraram no conselho de José Mourinho de que “o mais importante para o treinador é criar a sua própria identidade”, a Coach ID Player app oferece aos treinadores a oportunidade de desenvolver a sua identidade de jogo, mantendo toda a informação acessível e protegida.
A ideia surgiu numa altura em que ambos frequentavam um Mestrado em Barcelona e resultou da necessidade de organizar o trabalho, para controlar eficazmente todo o processo de treino e de jogo.
“Como treinador de futebol, mesmo em contextos mais amadores, procurava sempre ser o mais metódico e organizado possível. Ter uma plataforma que me permitisse planear os meus treinos, e criar os meus exercícios, era algo que previa que me ajudasse a ter ainda mais rigor no trabalho e a poupar tempo. No fundo, a ser mais eficaz como treinador”, explica João Daniel Rico, cofundador da Coach ID.
“Pouco tempo depois de ter avançado sozinho, senti necessidade em associar-me a alguém de confiança. Convidei o Acácio Santos, igualmente treinador de futebol, para integrar o projeto e, juntos, fizemos crescer a Coach ID”, acrescenta.
A necessidade de encontrar soluções para organizar e aceder a informações relevantes para o treinador tornou-se urgente quando o Acácio perdeu o seu Ipad onde tinha guardado todas as informações relacionadas com o seu trabalho. “E era muita informação. Foi um trabalho de semanas até voltar a reunir grande parte de todo o seu portfólio, metodologias, biblioteca de exercícios. Mesmo assim, houve muita coisa que se perdeu. Este contratempo contribuiu decididamente para avançarmos com uma solução que providenciasse aos treinadores de futebol essas ferramentas”, adianta João Rico.
“Eu já tinha decidido o que queria e as pesquisas de mercado levava-me a diferentes soluções, já existentes mas que, por uma ou outra razão, não preenchiam as necessidades que eu achava importantes numa app. Ora, se a solução não existe, porque não ser eu a criá-la?”
A passagem da ideia ao projeto aconteceu em pouco tempo. “Dois meses depois de ter estruturado os primeiros passos, o conceito já tinha nome, e o protótipo já estava em desenvolvimento. Foi tudo muito rápido”, recorda João Rico. “Menos de um ano depois, a solução que tinha idealizado já estava no mercado e disponível para treinadores de todo o mundo”. Tudo isto, “sem saber absolutamente nada sobre como criar uma app!”
Para se vencer, há um trajeto de ziguezagues para se lá chegar
Apesar da rapidez com que desenvolveram o projeto, o caminho não foi fácil. “Surgiram obstáculos próprios de nos lançarmos de cabeça sobre algo que não dominamos” diz João Rico. “O processo vai-nos fazer errar, mas também evoluir. É uma aprendizagem constante, às vezes sobre como não fazer as coisas.”
Durante cerca de 3 anos de projeto, João e Acácio tiveram de aprender conceitos de programação, marketing digital, construção de páginas web, gestão de redes sociais, email marketing, entre muitas outras áreas que, em resultado da sua área de formação (Desporto/Futebol), naturalmente não estavam preparados.
“A paixão que se coloca num projeto torna-nos otimistas. Nem sempre os resultados que esperamos acontecem no timing que queremos. Há que avaliar mas, sobretudo, ser resiliente. Perceber o que está errado e corrigir”, salienta João Rico. “Até ao dia de hoje a Coach ID, como qualquer outra empresa, não tem sido um caminho reto, mas acreditamos que aponta na direção correta.”
“Todos os empreendedores acreditam – e nós não fugimos à regra – que as nossas ideias serão a próxima ‘grande coisa’. Mas é um caminho duro, com muitos altos e baixos, dias de sonho e dias de pesadelo. O truque? É agarrarmo-nos à centelha de inspiração que nos conduziu à ideia; percebermos que, para se vencer, há um trajeto de ziguezagues para se lá chegar”, frisa João Rico. “Para se conseguir o máximo potencial e minimizar o esforço desperdiçado, é preciso identificarmos exatamente aquilo que procuramos, porque queremos e para quem queremos. A partir daí, é trabalhar para que o sucesso aconteça.”