Quando procura investimento, deve ter bem claro o que pretende.
Muitos empreendedores querem levar para a frente um negócio que sirva de autoemprego para dar resposta uma situação pontual de desemprego.
Outros têm uma ideia em mente que tem um potencial de crescimento rápido e escalabilidade que se traduz naquilo que chamamos “startup”.
Entre uma e outra a capacidade de atrair investidores faz toda a diferença. Os investidores procuram o que tem potencial de crescer e (como dá a entender a palavra “startup”) que isso aconteça depressa.
Claro que não basta chamar-lhe “startup”, a ideia tem de ser boa, o projeto bem estruturado, e a comunicação brilhante. Ainda que tudo isso seja importante, não é essencial para o investidor. As vendas são a derradeira prova.
Muitos concursos de ideias de empreendedorismo recorrem ao “pitch” como critério diferenciador para avaliar os concorrentes.
Se é verdade que uma boa comunicação é fundamental, não basta ter um bom “pitch” e ganhar prémios com isso. Se o projeto não estiver validado e se a equipa não for competente, dificilmente encontrará quem esteja disposto a colocar dinheiro no seu projeto.
Escolha o investidor
Tenha em conta que quem escolhe o investidor é o empreendedor.
Quem consente a entrada do investidor no negócio é sempre o empreendedor. Convém não cometer erros nesse momento de decisão.
Nunca espere de um investidor apenas dinheiro. Procure um que acrescente valor, mais do que o dinheiro que investe. Escolha um que ajude nas vendas, abrindo portas para novos negócios; ou um mentor, que o ajude a crescer e a consolidar a empresa.
Investidores bem relacionados e com uma boa rede de internacionalização valem muito mais do que o dinheiro que colocam no seu projeto. É o chamado “smart money”, dinheiro que vale a pena para a empresa crescer.
Procurar investimento implica estratégia e planeamento. Por vezes, se pensar bem, uma parceria pode ser melhor que um investimento.
Planear significa que deve procurar investimento antes de estar financeiramente desesperado e não corre o risco de ser obrigado a aceitar condições que não quer.
Lembre-se que há bons investidores e “predadores” que, em vez de o ajudar a fazer crescer o seu negócio, vão acabar por fazer de si mais um empregado.