A transformação digital no setor das Tecnologias da Informação (TI) continua a acelerar, impulsionada por tecnologias emergentes como a Inteligência Artificial (IA) e a Computação Quântica. No entanto, de acordo com o estudo “Global Insights” da Experis, as competências humanas, ou soft skills, estão a assumir um papel crucial para o sucesso das empresas. O estudo revela que, embora a procura por competências técnicas continue a crescer, as empresas estão cada vez mais focadas no desenvolvimento de competências como a comunicação, a resiliência e a capacidade de aprender.
Nuno Ferro, Brand Leader da Experis, sublinha que, embora a transformação digital seja essencial para manter a competitividade, “as soft skills são cada vez mais valorizadas para reforçar a capacidade de criação de valor a partir do binómio máquinas-humanos”. Este equilíbrio entre tecnologia e talento humano torna-se um fator estratégico na capacidade de adaptação das empresas às rápidas mudanças do mercado.
Soft Skills: O Diferencial no Futuro do Trabalho
O estudo destaca que, num contexto de crescente automação, as competências como a integridade, a adaptabilidade e a empatia ganham uma importância sem precedentes. Empregadores do setor tecnológico identificam a integridade como uma das soft skills mais valiosas, com 78% dos utilizadores de IA a destacar a sua relevância. Além disso, a resiliência e a capacidade de aprender continuamente são mencionadas como fatores decisivos para garantir a empregabilidade a longo prazo.
Segundo dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, 41% dos empregadores de TI já colocam a comunicação e o trabalho em equipa como prioridade na contratação, enquanto 33% destacam a resiliência como essencial.
Pré-Qualificação: A Nova Abordagem para Reforçar o Talento
A Experis aponta ainda para a pré-qualificação (pre-skilling) como uma solução emergente para a escassez de talento no setor tecnológico. Esta estratégia permite que as empresas se concentrem mais no potencial e nas soft skills dos candidatos, em vez de apenas nas suas competências técnicas ou experiência passada. Com isso, as empresas ampliam a sua base de talento, preparando os colaboradores para os desafios futuros, antes que essas competências sejam necessárias.
A adoção de práticas de pré-qualificação também oferece às empresas a flexibilidade para enfrentar a disrupção no setor tecnológico, permitindo que identifiquem e desenvolvam talento de forma mais eficaz.