Comportamento Empreendedor

Foto de Icons8 Team em Unsplash

O que é ser empreendedor? Porquê ser empreendedor?

São vários os motivos que podem levar alguém a empreender. Ficar sem emprego é um deles, mas podemos considerar, também, o desejo de dar um novo curso à vida profissional, e muitos empreendedores encaixam-se aqui. Então, seja por necessidade ou por vontade, as razões para lançar-se no empreendedorismo são inúmeras.

De qualquer modo, pode-se entender “empreender” como um comportamento disruptivo, que rompe com padrões já existentes de mercado e, por extensão, o “empreendedor”, como aquele que sai de sua zona de conforto e se lança em busca do novo, ou até mesmo em busca daquilo que já se faz no mercado, só que de outra maneira.

Entretanto, ninguém nasce empreendedor. Ou seja, o empreendedor não nasce pronto, acabado e detentor de todos os conhecimentos de que necessita para empreender.

Quando alguém opta por iniciar a sua jornada empreendedora, também está a optar por mergulhar num universo multidisciplinar de conhecimento e de funções que, inevitavelmente, terá que desempenhar, pois precisará de entender de muita coisa para conseguir ser um empreendedor minimamente motivado e capaz, e não apenas aquele que domina o lado técnico/teórico da sua atividade.

Assim, todo o empreendedor tem que ter uma visão muito clara do seu negócio e do que é empreender. Terá de ser um estrategista resiliente, pois irá lidar com riscos, falhas, dores, frustrações, decisões difíceis etc. Por outras palavras, deverá ser capaz de lidar com o lado nada encantador do empreendedorismo, que realmente existe e, por vezes, dói.

Foto de Peter van Eijk no Unsplash

ter uma boa ideia de negócio não basta para o fazer dar certo

Portanto, ter uma ideia de negócio não basta para o fazer dar certo, mesmo que a ideia seja sensacional… É preciso planear estrategicamente o negócio, com foco nas atividades principais, objetivos e metas bem definidos, perfil do público-alvo bem traçado, panorama de mercado atualizado, fontes de receitas claras etc., pois todos esses elementos – e tantos outros – atuarão como marcadores que ajudarão a validar o negócio, colocando-o no mercado com mais segurança.

Importa destacar também, que uma boa mente empreendedora não desiste nos primeiros embates; ela persiste, ainda que lentamente, na sua convicção, e vai amadurecendo à medida que percorre o caminho, munindo-se de elementos que lhe darão condições para continuar empreendendo, ancorando-se nas estratégias desenhadas previamente para atingir os resultados que espera alcançar. Aliás, persistência é uma das características que compõe o perfil empreendedor. Fica a dica.

Por isso, ser empreendedor é agir empreendedoramente e não se entregar às crises que surgem (e que não costumam ser poucas), pois elas podem ser verdadeiras oportunidades de amadurecimento e aprendizagem, e nunca – nunca mesmo – devem ser desperdiçadas. Fica outra dica.

É também importante ressaltar que ser empreendedor é caminhar sozinho a maior parte do tempo (sim, acredite!), o que não significa, em absoluto, isolar- se do mundo. Mesmo solitário, o empreendedor deve manter- se sociável, estabelecendo, por exemplo, uma rede consistente de contatos profissionais (network), que agregue valor ao seu negócio e o ajude a crescer, possibilitando, inclusive, a troca de informações. Assim, o empreendedor precisa estar aberto ao diálogo com profissionais de outras áreas, observando-os e aprendendo com eles, e isto é de extrema importância para quem se quer fixar no mercado e tornar-se referência no que faz.

Portanto, para encerrar a nossa conversa, ter uma ideia e fazer dela um negócio não garante o sucesso do empreendimento; é necessário preparar-se para geri-lo, aplicando as ferramentas certas, planeando cada movimento e monitorando constantemente os resultados. Só desta maneira será possível acompanhar de perto a evolução do negócio, mantendo-o sob controlo.

Sem esta perceção, o “empreendedor” corre o risco de ficar debatendo-se, interminavelmente, em alto mar, à espera que um bote salva-vidas venha para o socorrer. Poderíamos chamar-lhe um aventureiro, mas nunca um empreendedor.

COMPARTILHAR
Artigo anteriorThe Green Journey apoia soluções para a transição energética no Turismo
Próximo artigoDigitalização transforma transporte rodoviário
Aline Martins é empreendedora, mentora, palestrante e formadora em Planeamento de Negócio e Gestão de Tempo, além de autora do e-book “Home Office – Gestão e Produtividade”. Em Planeamento de Negócio, ajuda empreendedores das mais variadas áreas de atuação, a viabilizarem suas ideias de negócios, mentorando-os durante as diferentes etapas de implementação e desenvolvimento do empreendimento. Em Gestão de Tempo, atua promovendo o entendimento sobre a importância de se fazer um uso inteligente e planeado do tempo, ensinando a aplicar conceitos e técnicas que resultam em cronogramas profissionais e pessoais mais objetivos e eficientes no dia a dia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor escreva o seu comentário!
Por favor coloque o seu nome aqui

1 × one =