Confinamento congelou mercado de escritórios no arranque de ano

Imagem de Free-Photos por Pixabay

O mês de janeiro apresentou uma baixa dinâmica no mercado de escritórios, registando uma ocupação de cerca de 2.000 m2 em Lisboa e de 500 m2 no Porto, apura o mais recente Office Flashpoint da JLL.

Estes valores apontam para uma descida que, em Lisboa, chegou aos 79% face aos 14.000 m2 transacionados em janeiro do ano passado. No Porto a quebra foi mais acentuada, na ordem de 94% relativamente aos 7.500 m2 ocupados no período homólogo. Em termos mensais, ambos os mercados registam quedas na ordem dos 90%.

De acordo com Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL, “este comportamento deve-se ao novo confinamento geral, que veio impor a obrigatoriedade total do teletrabalho e que fez com que as empresas voltassem a colocar as decisões em relação aos seus escritórios novamente em suspenso”.

A responsável defende, por isso, que “este mês não deve ser considerado como uma antecipação de tendência para o restante ano, porque, como vimos ao longo de 2020, a procura continua a existir. E assim que a pandemia comece a dar condições para que se trabalhe e circule com alguma normalidade, a atividade ocupacional retoma”.

Em Lisboa, contabilizaram-se cinco operações em janeiro, uma das quais com área superior a 1.000 m2. Assim, a área média por operação recuou para 400 m2, em parte influenciada por esta operação de maior dimensão.

No Porto, os cerca de 500 m2 de take-up traduziram-se na realização de três operações, refletindo-se numa área média por operação de 160 m2.

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