Dare2Change 2025 destaca papel do setor agroalimentar no futuro económico de Portugal

Conferência juntou 500 participantes e destacou inovação, exportações e colaboração entre indústria, startups e academia.

Na foto: Amândio Santos, Presidente da Portugal Foods (foto de Dare2Change)

A terceira edição da conferência Dare2Change, realizada no Super Bock Arena, no Porto, reuniu na última terça-feira cerca de 500 participantes para debater os caminhos da inovação, da resiliência e da competitividade no setor agroalimentar.

Organizado pela PortugalFoods, Colab4Food e INIAV, o evento reafirmou a importância estratégica desta fileira para a economia nacional, ao mesmo tempo que apontou os desafios e oportunidades que se colocam para o futuro.

Com exportações para 186 mercados, o setor agroalimentar português tem reforçado o seu peso na balança comercial, como destacou Ricardo Arroja, presidente da AICEP. Produtos como azeite, vinho, fruta e peixe lideram, mas há também um forte crescimento em preparados alimentares, conservas e águas. A Portugal Fresh acrescentou o dinamismo do setor das frutas, flores e vegetais, cujas exportações triplicaram em 14 anos.

Entre os temas centrais estiveram a inovação em produtos e processos, com destaque para áreas emergentes como a carne cultivada, apresentada por Hélder Cruz, e o food design, abordado por Ricardo Bonacho. Foram ainda debatidas as dificuldades de escalabilidade, regulamentação e aceitação de mercado para novos alimentos.

Foto de Conferência Dare2Change

A conferência abriu espaço ao empreendedorismo e à investigação, com startups a fazerem pitchs e com 197 pósteres científicos apresentados — número recorde, sublinhando o dinamismo da investigação em Portugal. As associações dos setores dos lacticínios, conservas e carne trouxeram ao palco temas como o valor nutricional, a sustentabilidade e a desmistificação do consumo destes produtos.

No painel final, Pedro Moreira da Silva (Cerealis) e José Soares (UP) sublinharam a importância da formação, da cultura de inovação e do foco nas pessoas como motor de transformação nas empresas. Já Amândio Santos, presidente da PortugalFoods, enalteceu a colaboração entre academia e indústria como caminho para a criação de valor económico e social.

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