O desafio para os profissionais: concorrer com a automação e gerar valor

As máquinas ameaçam postos de trabalho
Foto: Pixabay

A Revolução Digital vem dando um novo significado ao mercado e comportamento humano. Cada vez mais as pessoas são substituídas pela automação industrial, desafiando os profissionais na busca de soluções para manter a relevância num mundo tão digitalizado.

Humanizar as relações, no meio físico e digital, é a maneira mais inteligente e poderosa de concorrer com a automatização nas relações de mercado. Afinal de contas, as máquinas têm inteligência, mas ainda não têm sentidos e sangue a correr nas veias!

Uma Pesquisa divulgada pelo LinkedIn em janeiro deste ano entrevistou 9 mil recrutadores e gestores de RH de 39 países e concluiu que as empresas já estão mudando a forma de recrutar. Questões como a diversidade de gênero; raças e idade; novas técnicas de entrevista; e a Inteligência Artificial são usadas para diminuir o tempo de seleção e minimizar o viés preconceituoso na seleção de candidatos.

Tenho a impressão de que a cada 10 profissionais que têm mais de 30 anos de idade, 8 têm medo de perder o emprego para as máquinas, ou sentem-se desafiados pelo tsunami tecnológico. Muitos também estão infelizes em suas atividades profissionais.

É comum ouvir falar em casos de pessoas que passam por períodos sabáticos em busca da ressignificação pessoal e mais comum ainda é ver profissionais mudando de atividade, abrindo as suas próprias empresas, ou simplesmente optando pela autonomia profissional.

As redes sociais chegaram para democratizar personalidades.

Qualquer pessoa consegue, por meios técnicos e empatia, ser visível e reconhecido pelo que compartilha. Qualquer um tem seu “canal” de vídeo no YouTube. Qualquer um publica a sua própria novela da vida real no Stories do Instagram. Qualquer um publica conteúdo, seja real, falso, útil ou descartável.

Mas, e o profissional que está mais interessado em gerar conteúdo de valor e ser percebido como relevante em seu segmento, como deve agir? E os que não desenvolveram a habilidade de gerar conteúdo ou simplesmente não têm um perfil competitivo e perceptível no LinkedIn, por exemplo?

A questão é: para ser percebido e valorizado pelo mercado, já não basta oferecer o seu melhor em “core business“, é preciso desenvolver soft skills como o domínio da expressão facial, da linguagem corporal e a consciência de comportamento e personalidade.

Diariamente os profissionais, sejam eles corporativos, independentes ou empreendedores, lidam com a concorrência com mais ou menos oportunidades de trabalho e de negócios, construindo e mantendo uma boa network, investindo em competências e qualificação, e até mesmo trabalhando cuidadosamente o seu marketing pessoal.

A questão é que nada disso resulta se o profissional não tiver plena consciência sobre quem é e o que tem de melhor a oferecer. Me refiro a talento.

No que você é realmente bom? As pessoas reconhecem este talento em você? Até que ponto você aproveita o seu talento a favor da sua carreira?

Obter mais oportunidades de negócios, ascensão na carreira, mais clientes, agenda cheia, gerar mais vendas, passa por conhecer bem e aproveitar o que cada um tem de melhor a oferecer.

Gerar valor pessoal e profissional de forma útil e com autoridade significa ser percebido como referência profissional. Comunicar a personalidade profissional para o público certo, com a linguagem adequada, é um desafio cada vez mais presente.

Gerar valor pessoal e profissional de forma útil e com autoridade significa ser percebido como referência profissional.

A humanização da imagem de marca pessoal gera identificação na network física e por meio das redes sociais. No mundo dominado pela tecnologia, pessoas querem comprar produtos e serviços ou fazer negócios com pessoas que pensam e agem nas corporações, no serviço público, no atendimento humanizado do profissional autônomo.

O profissional especializado em auxiliar profissionais dos mais diversos tipos de atividades a desenvolverem a sua imagem de marca pessoal, a personal brand, conduz o processo que começa pela base do autoconhecimento, passa pela estratégia (como fazer) e a comunicação adequada da imagem pessoal enquanto conceito para o público. O resultado desse processo se reverte em melhores oportunidades profissionais, mais vendas, e o controle sobre o posicionamento no mercado. Ser reconhecido pelas características individuais de valor é um dos benefícios de um bom trabalho de branding pessoal.

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