68% dos colaboradores em Portugal consideram a falta de desenvolvimento pessoal uma razão para procurar um novo emprego. O estudo levado a cabo pela GoodHabitz analisou o estado atual da Gestão de Talento em Portugal e na Europa e conclui que o desenvolvimento pessoal está na base da satisfação dos profissionais.
De acordo com o estudo “O atual estado da Gestão de Talento”, desenvolvido pela plataforma de e-learning GoodHabitz, cerca de 68% dos trabalhadores em Portugal acredita que a falta de oportunidades de desenvolvimento pessoal é uma razão válida para procurarem um novo empregador que lhes ofereça essas oportunidades. O estudo mostra ainda que o desenvolvimento pessoal é um fator cada vez mais importante na escolha de emprego e tornou-se um fator chave para a satisfação profissional.
O estudo levado a cabo pela GoodHabitz, em parceria com a Markteffect, foi realizado através de inquéritos a 13.615 colaboradores em 13 países europeus, dos quais fizeram parte 1.047 pessoas da população ativa em Portugal, entre os 25 e 55 anos de diferentes funções e indústrias e em empresas de diferentes dimensões.
Segundo dados da empresa de e-learning corporativo, 1 em cada 5 colaboradores (20%) em Portugal acredita que a organização para a qual trabalha não oferece oportunidades de desenvolvimento pessoal suficientes. Os resultados portugueses estão acima dos 16% da média europeia que acredita que o seu empregador deveria oferecer mais oportunidades de desenvolvimento pessoal.
Contudo, mais de metade dos profissionais na Europa (53%) e em Portugal (52%) estão satisfeitos com as oportunidades que têm atualmente para desenvolver o seu potencial. Embora este resultado possa parecer positivo, significa, por outro lado, que a outra metade em Portugal (48%), incluindo os 20% mencionados anteriormente, não está completamente satisfeita.
Ainda assim, a tendência de olhar para o desenvolvimento pessoal como um fator chave na procura de emprego não se verifica apenas em Portugal e pode já ser definida como uma tendência na maior parte dos países europeus. A Dinamarca lidera esta lista com 73% e Portugal ocupa o segundo lugar (68%), seguido da Suíça (66%), Reino Unido (65%) e da Suécia (62%).
“O desenvolvimento pessoal tornou-se imprescindível na atração e retenção de talento. Se os colaboradores sentem que não lhes são oferecidas oportunidades suficientes para desenvolverem o seu potencial, provavelmente já estão a pensar sair da empresa”, afirma Pedro Monteiro, porta-voz da GoodHabitz em Portugal.
Uma oferta com diversos cursos de formação, formatos de aprendizagem e temas de interesse para o desenvolvimento pessoal pode ser uma boa solução para este repto.
Portugal é o país europeu com o maior número de colaboradores a valorizaram este tipo de formação para a retenção profissional, muito acima da média europeia (78%). Isto significa que para garantir que os trabalhadores se mantêm satisfeitos, é importante que tenham a oportunidade de crescer, tanto pessoalmente como profissionalmente.
Analisando o tipo de oportunidades que os colaboradores têm de facto ao seu dispor para poderem desenvolver o seu potencial, a pesquisa conclui que, de todos os profissionais em Portugal que têm acesso a oportunidades de formação, 9% têm a possibilidade de desenvolver as suas competências através de formação offline, 25% têm acesso a cursos de formação online, e a maioria (41%) podem utilizar um modelo misto entre formação online e offline. Apesar de estes números parecerem promissores, existe espaço para melhoria, já que 1 em cada 4 profissionais em Portugal (25%) indica ainda não ter acesso a formação ou cursos de desenvolvimento pessoal. A nível europeu, o número desce para os 21%.
Por outro lado, apenas 9% dos empregadores na Europa mencionaram que não oferecem quaisquer oportunidades de desenvolvimento pessoal, o que é 12% inferior ao que os empregados europeus indicaram. Tendo em conta esta discrepância, se as organizações possuem uma oferta de formação implementada para ajudar os colaboradores no desenvolvimento pessoal, é fundamental comunicá-la de forma continuada para que esta possa ser utilizada para atrair e reter o talento. Sem uma comunicação constante, os colaboradores poderão não ter consciência das oportunidades que existem.