Didimo recebe financiamento de 6 milhões de euros para criar humanos digitais

Foto: website Didimo

A Didimo, startup líder no desenvolvimento de imagens de humanos digitais, levantou mais de 4,4 milhões de euros numa ronda que contou com a entrada de novos investidores e o reforço da confiança de investidores já existentes, entre os quais, a Portugal Ventures, a Farfetch UK Ltd, a Bynd Venture Capital, a Beta-i e a LC Ventures.

Este momento acontece na mesma altura em que a startup portuguesa recebeu o financiamento de 1,8 milhões de euros ao abrigo do programa SME Instrument da Comissão Europeia. Assim, a Didimo já acumulou, em fase seed, mais de 7,2 milhões de euros (mais de 8 milhões de dólares).

Com o capital levantado, a empresa com sede no Porto pretende aumentar a equipa de desenvolvimento de produto, continuar a abordagem ao mercado e expandir através de parcerias estratégias. A Didimo já demonstrou tração inicial no mercado, através de projetos piloto com empresas de renome a nível internacional, como a Sony, Amazon, CeekVR, Farfetch, entre outros.

“Ao longo da história, vimos barreiras a ser construídas, apenas para serem derrubadas novamente. Hoje, num mundo baseado na Internet, temos mais oportunidades de nos conectar do que nunca. No entanto, quando a comunicação é intermediada pela tecnologia, muitas vezes perdemos a humanidade dessa ligação”, afirma Verónica Orvalho, fundadora e CEO da Didimo. “A nossa missão com a plataforma Didimo é derrubar as barreiras entre os mundos físico e digital, ajudando os humanos a transportarem-se através dessa divisão. Queremos dar a todos a hipótese de usar a tecnologia com base na imagem que conhecemos melhor – a nossa.”

A Didimo, cujo nome significa “gémeo” em grego, cria modelos digitais realistas que empresas e indivíduos podem usar para interagir e fornecer serviços online. Embora, a cada minuto, ocorram milhares de milhões de interações virtuais em todo o ecossistema digital, estas ainda carecem de elementos humanos essenciais, como emoção, empatia e subtilezas. A Didimo procura devolver a humanidade ao mundo digital através de representações digitais de alta-fidelidade.

Para criar um Didimo, os utilizadores só precisam de fazer upload ou digitalizar uma foto de si mesmos no seu smartphone. A tecnologia da Didimo cria personagens 3D personalizadas, prontas para animar em 20 segundos, sem a necessidade de conhecimentos de engenharia ou de arte. Cada pessoa pode depois usar esta versão digital de si mesma para se conectar de forma inovadora com o que a rodeia, em áreas como jogos, compras e comunicação de realidade mista.

A plataforma é baseada em pesquisas inovadoras em computação gráfica da autoria de Verónica Orvalho, cujas invenções foram usadas pela Universal Studios, Sony, Microsoft, Amazon e outros projetos de investigação financiados por fundos europeus. O trabalho da fundadora focou-se em capturar as subtilezas das expressões faciais em movimento, imitando a maneira como os humanos transmitem surpresa, prazer, tristeza e outras emoções críticas para a experiência humana.

Hoje, a Didimo trabalha com marcas e consumidores para reduzir o fosso digital e criar pontes de forma autêntica entre marcas e consumidores, comunidades e indivíduos, em todo o mundo. A tecnologia de Didimo foi apresentada no palco do TEDX, em museus e eventos de jogos e ganhou o primeiro prémio no Women Who Tech, no Google NYC, em 2017. Fundada em Portugal em 2016, a Didimo conta com 22 colaboradores distribuídos em equipas no Porto, Vancouver e Londres.

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