Um estudo da Oxford Economics e SAP explora a utilização de dados feita pelas empresas durante a pandemia. Apesar de considerarem que é uma ferramenta importante, ainda são poucas as organizações que integraram a comunicação e partilha de dados como auxiliar na gestão.
A Oxford Economics e a SAP juntaram-se para avaliar, numa pesquisa, a forma como as empresas utilizam dados durante a pandemia. As mais recentes abordagens de gestão requerem que as organizações e os seus parceiros externos utilizem conhecimento em tempo real, a partir de dados fiáveis para gerir a estratégia e operações de negócio.
O estudo, realizado no início da pandemia por coronavírus, inquiriu cerca de 3.000 executivos, de dez setores de atividade económica em todo o mundo. As principais conclusões apontam para uma fraca adesão à integração desta forma de conhecimento como auxiliar de gestão.
Apenas 25% dos participantes referiram que a comunicação, partilha de dados e a gestão de processos das suas organizações estavam completamente integradas, enquanto 54% mencionaram que estavam moderadamente integradas. Já 21% dos inquiridos afirmaram que essas funções estavam um pouco ou totalmente isoladas.
Um número significativo de gestores mostrou-se ciente dos benefícios de uma abordagem integrada no que se refere às funções de negócio, sendo que 47% afirmaram que integraram os processos de negócio, em pelo menos algumas das funções das suas organizações, conseguindo, dessa forma, beneficiar de uma redução de custos e gastos. Também a celeridade com que o negócio é conduzido (44%) e a melhoria operacional (43%) foram vantagens apontadas.
“Verificámos que a maioria dos entrevistados tomou algumas medidas para integrar os processos de negócio de partes específicas das suas organizações, mas assumem que ainda têm trabalho a fazer em toda a estrutura empresarial”, explica Edward Cone, Diretor Editorial da Oxford Economics. “Será necessário percorrer um longo caminho em direção a uma completa interconectividade, no sentido de ajudar as empresas a responder rapidamente aos desafios que se apresentam e posicionar-se para um crescimento futuro”.
As tecnologias inteligentes são consideradas essenciais para a obtenção dos dados e o estudo conclui que, nos últimos três anos, os participantes priorizaram os investimentos em Inteligência Artificial (34%), Internet das Coisas (33%), analíticas ou análises preditivas (27%), Chatbots (21%), Machine Learning (19%), Robotic Process Automation (14%), Blockchain (12%), realidade aumentada ou realidade virtual (8%) e drones (7%).
O estudo “Beyond the Crisis: How Interconnected Businesses Exhibit Leadership and Resiliency” foi realizado a partir de uma amostra da pesquisa de 3.000 executivos, em representação de dez setores de atividade, uniformemente distribuídos pelos setores automóvel, bancário, produtos de consumo, seguradoras, fabrico industrial, petróleo e gás, serviços profissionais, setor público, retalho e utilities.