Diretora da APDC: “Futuro digital de Portugal exige execução ambiciosa e colaborativa”

Sandra Fazenda de Almeida, Diretora da APDC defende execução ambiciosa da Estratégia Digital Nacional 2030 para transformar Portugal num país competitivo e inclusivo.

Sandra Fazenda de Almeida, Diretora Executiva da APDC

Sandra Fazenda de Almeida, diretora executiva da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) destaca que a concretização da Estratégia Digital Nacional 2030 (EDN 2030), recentemente aprovada, será essencial para posicionar Portugal como um país mais competitivo, inclusivo e digitalmente avançado. Contudo, para que esta visão se torne realidade, será necessário um esforço colaborativo entre Governo, empresas, Academia e entidades públicas, com foco em ações concretas e resultados tangíveis.

Sandra Fazenda de Almeida sublinha a importância de uma abordagem ousada: “O futuro digital de Portugal depende de uma execução ambiciosa, e a APDC está empenhada em fazer parte deste caminho, promovendo uma transformação digital que beneficie todos os cidadãos e reforce a competitividade do país”.

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Capacitação digital e empregabilidade como prioridades

Nos últimos anos, a APDC tem desempenhado um papel ativo na capacitação digital e no reforço da empregabilidade. Programas como o UPskill, lançado em 2020, têm permitido a reconversão profissional e a formação contínua em tecnologias digitais essenciais, garantindo um equilíbrio entre a capacitação e a colocação no mercado de trabalho.

Outro destaque é a parceria com a Google Portugal nos Certificados Profissionais Google, que desde 2021 capacita cidadãos, de forma gratuita, em áreas como suporte de TI, análise de dados, gestão de projetos, design UX e cibersegurança, e mais recentemente em IA Essentials. Esta iniciativa tem mostrado ser uma resposta eficaz às lacunas de competências no mercado laboral português.

No campo da literacia em Inteligência Artificial, a APDC lançou a IMPULSO AI, também em colaboração com a Google. Esta iniciativa visa capacitar 1.000 profissionais até março de 2025, promovendo a utilização da IA no dia-a-dia das organizações para aumentar a produtividade e facilitar a adaptação à era digital.

A APDC defende ainda que a Transformação Digital da Administração Pública deve centrar-se no princípio ‘once-only’, eliminando a necessidade de os cidadãos fornecerem repetidamente informações já existentes nos sistemas do Estado. Segundo Sandra Fazenda de Almeida, esta aposta permitirá simplificar radicalmente os serviços públicos online, garantindo uma gestão mais eficiente e integrada dos dados.

Foto de Drazen Zigic em Freepik

Igualdade de género e inovação GovTech

A associação tem procurado dar visibilidade às iniciativas de igualdade de género em áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). A colaboração com o STEM Women Congress (SWC) tem permitido mapear projetos existentes, medir os seus resultados e atrair investimentos que aumentem o impacto das ações voltadas para a retenção e atração de raparigas e mulheres nestas áreas.

Por outro lado, a APDC propõe a criação de eventos GovTech setoriais, que visam identificar desafios persistentes na Administração Pública, partilhar boas práticas e melhorar o posicionamento de Portugal nos rankings globais de inovação digital.

Sandra Fazenda de Almeida, Diretora Executiva da APDC

“Acreditamos que estas iniciativas são fundamentais para transformar a forma como o Estado serve os cidadãos e para posicionar Portugal como referência europeia em inovação digital”, conclui Sandra Fazenda de Almeida.

Com a EDN 2030 como guia estratégico, a APDC reforça o seu compromisso em trabalhar lado a lado com todos os intervenientes, assegurando que as políticas públicas e privadas convergem para o desenvolvimento de um país digitalmente avançado e socialmente inclusivo.

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