Uma pesquisa recente da Sifted com funcionários de startups revela que 63% dos entrevistados acreditam que apenas uma minoria dos seus gerentes estava preparada para assumir a função. Muitos relataram que os gestores não sabiam liderar eficazmente, eram ineficientes na comunicação e frequentemente promovidos sem experiência suficiente, o que afeta o desempenho geral das equipas.
De acordo com os dados pesquisados pela publicação britânica, apenas 4,5% dos entrevistados consideraram que os seus gerentes estabeleciam metas claras, e 54% disseram que apenas alguns o faziam. A falta de objetivos bem definidos e de apoio pessoal e profissional adequado foi um dos pontos mais críticos apontados pelos funcionários.
As reuniões individuais também precisam de melhorias, com 56% dos entrevistados a considerar que as suas reuniões 1-1 com os gestores não eram eficazes. A falta de pauta, foco e preparação foram os motivos mais citados para a ineficácia desses encontros.
Além disso, 73% dos entrevistados afirmaram que sofrem de microgerenciamento, com gerentes que verificam cada detalhe do trabalho ou que são incapazes de delegar tarefas, o que atrasa projetos e gera frustração. O problema é exacerbado quando o fundador ou CEO da startup se envolve diretamente na microgestão.
Bullying, assédio e discriminação também foram questões levantadas, com 52% dos entrevistados a relatarem experiências de intimidação ou discriminação nas suas carreiras em startups. Relatos incluem comentários sexistas, promoções negadas a minorias, e pressão para trabalhar durante férias ou licença.
Apesar dos desafios, os entrevistados identificaram características que fazem um bom gerente, como empatia, boa comunicação, capacidade de delegar, disposição para oferecer suporte emocional e profissional, e capacidade de definir metas claras. Bons gerentes são vistos como aqueles que criam clareza, apoiam as suas equipas, partilham elogios, e oferecem oportunidades de crescimento.