“Marisco” vegan, bebida de tremoço e pastéis de bacalhau sem batata estão entre os finalistas do prémio que promove a eco inovação. A iniciativa contou com a participação de 63 estudantes de 14 instituições de ensino e vai levar o vencedor à final europeia do concurso em Paris.
Estão encontrados os 10 finalistas do prémio Ecotrophelia Portugal 2020, iniciativa que promove a eco inovação, o empreendedorismo e a competitividade no setor agroalimentar, desafiando estudantes do ensino superior a desenvolverem produtos alimentares únicos e que vão ao encontro das necessidades do mercado. A quarta edição da iniciativa, que é organizada pela PortugalFoods, associação que representa o agroalimentar português, teve 16 produtos a concurso, envolvendo 63 alunos de 14 instituições do ensino superior.
A lista de finalistas engloba produtos das mais diversas categorias, como bebidas, sobremesas e refeições preparadas, entre outras. Na disputa ao prémio está a FermentiVe, uma conserva de tomate verde e outros vegetais fermentados, o Healthy Pleasure, snack saudável de húmus de polpa de vegetal e chips de casca de vegetais, o MEGAsnacks, snack “on-the-go” ideal para o lanche dos mais novos, o OrangeBee, preparado fermentado de aquafaba com uma camada de geleia de laranja, e a Sólupis, granola de tremoço com mel e morangos liofilizados. Também o tradicional pastel de bacalhau marca presença, mas reinventado, substituindo a batata pela couve-flor, no projeto Rice ‘n’ Nice.
Esta edição conta ainda com a participação de produtos 100% vegans, tendência que tem vindo a marcar o setor: Gelalga, sobremesa de gelado com base de bebida de amêndoas e nata vegetal e com chips de alga marinha wakame, Veganisco, produto pré-cozinhado congelado alternativo ao marisco tradicional, Veggiedica, bebida vegetal de tremoço com aromas naturais de limão e canela, e VeggieMix, pré-preparado de farinhas alternativa e de hortícolas, completam a lista de finalistas.
“Voltámos a reunir uma série de propostas de grande qualidade e valor, o que muito nos orgulha. Sustentabilidade, embalagem, propriedades organoléticas e credibilidade de mercado foram os critérios para escolher a lista dos finalistas, mas foi com agrado que cedo percebemos que todos os candidatos se apresentavam com ideias criativas e bem estruturadas. Estimulando sinergias entre o mundo académico e o tecido empresarial, por um lado com a partilha de know-how e, por outro, a partilha de ideias novas e criativas, o Ecotrophelia volta a afirmar-se como um momento importante na revitalização deste ecossistema, que vive da constante inovação e adaptação às necessidades do mercado”, diz João Miranda, embaixador do Ecotrophelia Portugal.
Segue-se agora uma nova fase de avaliação por parte do júri, sendo que o anúncio do vencedor nacional será feito em setembro, numa cerimónia que decorrerá na Casa do Vinho Verde, no Porto. Além de 2000 euros e prémios em serviços, a equipa vencedora irá representar Portugal na final do Ecotrophelia Europe, que terá lugar em outubro, na SIAL, em Paris, onde disputará um prémio de 4000 euros.