Egoísmo no caminho para o sucesso: 2 regras para o superar

Um empreendedor ou empreendedora procura sucesso, bem-estar, liberdade. Certo? Certo. Se você ainda não os encontrou, é porque existe algo que pode estar afastando-o do centro do alvo! Eu espero que você tenha um alvo!nDesde criança (a maioria de nós) somos condicionados a olhar para fora, a pensar nos outros, a dividir o pão. Esta lição pode acontecer em casa, na escola ou na igreja; e para infelicidade de alguns, ela acontece em todos as três! Espera, você disse ‘infelicidade’? Exatamente! Como sabe, o nosso cérebro é maioritariamente subconsciente; e o subconsciente armazena memórias e crenças. nEm outras palavras, desde o início (de nossas vidas) somos programados para pensar no outro, isto é, para fazer isso de modo natural e automático. Até certo ponto – especialmente no ponto de vista espiritual – isto é uma virtude, mas no mundo do empreendedor pode ser um tiro nos dois pés.

Suponha que podemos formar uma cena (algo físico) a partir de um pensamento (algo imaterial), e depositá-la sobre uma mesa redonda; agora vamos dar uma volta em torno dessa cena formada: ‘Amai ao próximo como a ti mesmo’ . nÀ primeira vista: devo amar a outra pessoa como amo a mim mesmo. O.k. Agora, um passo para o lado, e vejo que, em momento algum, o locutor diz que devo parar de me amar e começar a amar o próximo. Não, ele diz para me amar e amar o próximo da mesma maneira. E é aqui que quero ficar, por agora.

Este passo suscita uma questão interessante: como me amo. Então: como eu amo a mim mesmo? O que eu faço para me agradar, que deva fazer também para o outro? O que eu gostaria de ter, que devo proporcionar para o outro? Quais são os ‘mimos’ que gostaria de receber, que eu deva dar para o outro? Etc. Etc. Uma das possíveis respostas seria (já que tivemos esta educação): estar em primeiro lugar. Ou seja: o outro primeiro.

Certa vez eu estava parado no trânsito de São Paulo, na região do Center Norte, a zona de negócios a norte da capital paulista, e num daqueles semáforos, sempre tinha crianças pedindo dinheiro. E aí você sabe, alguns motoristas fecham os vidros, outros negam, mas uns dão moedinhas. Naquele caso em especial, eu pude ver um motorista dando um pacote de salgadinho. O garoto que recebeu o presente ficou tão feliz, que atravessou a rua correndo, abriu o saco e serviu todos os outros, antes de servir a si. É uma cena bonita, talvez até rendesse um vídeo dramático para ser compartilhado nas redes sociais, mas…

Amar ao próximo como a ti mesmo 1. Se você não amar a si, não tem como amar o outro; 2. Se você amar o outro mais do que a si mesmo, você vai provocar uma ‘inflação sentimental’, entrar em crise e, provavelmente, depressão, ou seja, perder a capacidade de amar; 3. Se você não amar a si, quem vai? O outro?

Cuidado! Depender do outro para fazer negócios já é difícil, imagine depender dos outros para ter cuidados pessoais!

Portanto:

  • Regra número um: Amar a si.
  • Regra número dois: Eu primeiro.

Atenção! ‘Eu primeiro’ é diferente de ‘somente eu’. Colocar-se em primeiro lugar não significa que deve deixar de pensar no outro. Pelo contrário, colocar-se em primeiro lugar é amar-se com prioridade, para poder amar o outro com mais qualidade.

Na prática, você fará coisas para agradar a si, em primeiro lugar; ficará feliz, e quando for servir o outro, o fará com alegria e bem-estar. Ganha-ganha. Um exemplo bem claro disso acontece a 36 mil pés de altitude, quando as máscaras de oxigênio caem e você deve colocá-la em si, primeiro, para depois colocar no outro. Com isso em mente, pense nas possíveis adaptações para o seu dia-a-dia.

No empreendedorismo, encontrar o sucesso não é questão de sorte, embora ela te possa encontrar numa esquina ou outra. Pablo Picasso disse: ‘Inspiração existe, mas ela precisa te encontrar trabalhando’. Trabalhe para você e trabalhe por você. Para encontrar o sucesso é necessário ter sonhos, ideias, metas, comprometimento, atitude, perseverança, sacrifícios e superações. Motivação e inspiração ajudam, também. Não espere a chuva cair, regue com as próprias mãos. E quando chover, não espere a chuva passar, dance com ela! Para ter sucesso é preciso independência e egoísmo. Pensar muito nos outros pode destruir o pensar em si, e quando você deixa de pensar em si, como diria Pai rico: você entra na corrida dos ratos.

‘Ninguém nunca abriu uma empresa com este produto, não vou abrir.’; ‘Se eu fizer isto, eu vou prejudicar a empresa tal (concorrente)’; ‘Vou pagar primeiro o banco, depois penso em mim e meus investimentos’; ‘Antes de investir mais na empresa, eu vou presentear os colaboradores’; ‘Está todo mundo indo nesta direção, por que eu iria para outra? O que tenho de especial?’… Entre outras, estas são consequências da interpretação equivocada de ‘pensar no outro’. Se quiser sair do buraco, pense primeiro em como se tirar de lá, para então, DEPOIS, estender a mão e ajudar os outros a saírem também. Você pode contar com a ajuda das pessoas para fazerem ‘pezinho’ ou darem o ombro para você subir, mas não dependa de ninguém. Se ninguém te ajudar, não seja a vítima, seja o herói: crave as unhas nas paredes e escale até alcançar o topo. Lembre-se do conselho de Paul McCartney: não carregue o mundo sobre os ombros.

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