“Fim dos “Vistos Gold” custará ao país milhões de euros e milhares de empregos”, alerta Elad Dror, CEO do Grupo Fortera, uma empresa israelita do setor imobiliário que em Portugal opera no segmento luxo.
A medida está em discussão no Parlamento Europeu e tem sido fonte de polémica no setor imobiliário português. Para Elad Dror “o fim dos Vistos Gold nos Estados Membros da União vai trazer consigo perdas grandes para o setor imobiliário em Portugal e uma fatura enorme em termos de empregos”.
“Vivemos um dos momentos mais conturbados da história e esta medida será danosa para o mercado imobiliário e para a atração de investimento estrangeiro para Portugal”, defende o líder de um dos grupos imobiliários “que mais investimento estrangeiro captou em Portugal para o setor, nos últimos 5 anos, sem nunca ter beneficiado da medida”.
Segundo Elad Dror o programa dos Vistos Gold captou milhares de milhões de euros para Portugal e foi um incentivo para países mais débeis em termos imobiliários.
“Havia propriedades completamente abandonadas, devolutas e este investimento ajudou muito para a reabilitação e florescimento do setor, gerando rendas e novos negócios que, por si só, criaram muitos postos de trabalho e prosperidade”, reforça.
Caso a proposta do Parlamento Europeu avance, Elad Dror prevê um cenário de incerteza para Portugal, e alerta para a necessidade de serem repensadas novas alternativas. “Na minha opinião algo terá de ser feito, como direcionar o investimento para novas localidades no país, fora das grandes cidades, mas o cancelamento do programa será um grande erro”, conclui.
O Grupo Fortera estabeleceu-se em Portugal em 2015 e, desde então, já investiu mais de 250 milhões de euros na construção e reabilitação de espaços destinados à hotelaria e habitação. Atualmente o seu investimento mais marcante é o Skyline, em Vila Nova de Gaia.