Estudantes de informática, bioquímica, genética e segurança alimentar juntaram-se para criar startups nas áreas da saúde, ambiente ou alimentação. A DeepPsy, uma tecnologia que permite ajudar no diagnóstico de doenças mentais, mereceu o primeiro lugar na competição.
A FCT NOVA – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, já escolheu os três vencedores do Programa de Empreendedorismo que permitiu a mais de mil alunos acelerar e materializar uma ideia numa solução de mercado.
Os participantes do programa desenvolveram projetos – da ideia ao modelo de negócio, análise de mercado e estudo financeiro – ao longo de um mês de trabalho. Foram constituídas 203 equipas, mas apenas 12 subiram ao palco para apresentar o pitch final.
Dessa dúzia, três foram premiadas: em terceiro lugar ficou a MEDMO, um software que permite, em contexto hospitalar, fazer uma monitorização objetiva da reabilitação física dos pacientes. Já com o segundo lugar ficou a equipa que criou as 3B GLOVES, luvas criadas a partir do desperdício alimentar que são biodegradáveis, biocompatíveis e com propriedades anti-bacterianas – uma alternativa à versão descartável dos hospitais. Finalmente, com o primeiro lugar ficou a DeepPsy, uma tecnologia que se assemelha a um tablet e que, com a ajuda da câmara e de sensores, ajuda ao diagnóstico de doenças como a depressão, a doença bipolar ou a fadiga crónica.
Propinas pagas para um ano de estudos e lugares garantidos na European Innovation Academy – programa de empreendedorismo reconhecido internacionalmente e que este ano acontece no mês de julho, em Cascais – foram alguns dos prémios entregues aos vencedores.
Muitos outros projetos foram apresentados, com impacto nas áreas da saúde, ambiente e alimentação. De uma tecnologia que permite saber exatamente quando virá a menstruação, passando por um sistema que permite retirar a cortiça do sobreiro mecanicamente, a cápsulas solúveis de bebidas vegetais para levar no bolso: as ideias trazidas variaram na forma e conteúdo.
O júri foi constituído por João Borga (Startup Portugal), José Sousa (Armilar Venture), Roberta Medina (Rock in Rio) e Ricardo Lima (Web Summit Portugal). Durante a sessão final estiveram ainda presentes representantes de empresas que se associaram ao evento, como a Jerónimo Martins e a Introsys – mas mais de 70 empresas e entidades acompanharam e apoiaram as cinco semanas do Programa de Empreendedorismo.
O Programa de Empreendedorismo da FCT NOVA é o principal programa académico de empreendedorismo em Portugal, contando com a participação de mais de mil alunos que, ao longo de cinco semanas de trabalho, foram acompanhados por 17 professores.
“O objetivo não é que os alunos criem startups mas, sim, que peguem numa ideia e que sejam capazes de a apresentar nas diferentes dimensões – e que convençam alguém que essa ideia tem mérito”, explicou António Grilo. O professor da cadeira de Empreendedorismo e um dos responsáveis pelo programa lembrou que é preciso “reforçar as competências tanto sociais como técnicas de um empreendedor tecnológico.”
A FCT NOVA – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, é uma das principais faculdades de Engenharia, Ciências e Tecnologia de Portugal, reconhecida pelo seu caracter inovador, imerso num ecossistema empreendedor que se caracteriza pela forte ligação ao tecido empresarial e a sua comunidade de startups. O perfil diferenciador da FCT NOVA caracteriza-se também pela dinâmica e exigência do mercado de trabalho, valorizando a integração das soft skills na sua dimensão pedagógica, através do Perfil Curricular FCT NOVA.
A FCT NOVA acolhe 16 centros de investigação reconhecidos pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. A qualidade cientifica reflete-se também na produção científica, com publicações no TOP 10 das principais revistas internacionais da especialidade, sendo o espaço de ensino português com maior concentração de laboratórios CoLABs e Bolsas European Research Council (ERC). O resultado desde desempenho é a integração da faculdade na prestigiada rede de universidades tecnológica CESAER e em consórcios com universidades europeias e dos EUA, desde a CMU à MIT.