Perante o agravamento das ameaças cibernéticas a nível mundial, líderes empresariais estão a recorrer às Redes de Infraestrutura Física Descentralizada (DePIN), consideradas essenciais para a proteção das suas infraestruturas críticas, revela um estudo recente conduzido pela Naoris Protocol, empresa pioneira na segurança pós-quântica.
A pesquisa envolveu gestores de TI de grandes empresas, com volumes de negócio anuais superiores a 300 milhões de dólares, provenientes dos EUA, Reino Unido, União Europeia e Ásia-Pacífico. Os resultados mostram que 73% dos entrevistados classificam já as redes DePIN como “extremamente importantes” nas suas estratégias de cibersegurança, enquanto 25% consideram-nas “muito importantes”, demonstrando a relevância crescente desta tecnologia.
As redes DePIN recorrem à tecnologia blockchain para descentralizar a infraestrutura física, incluindo serviços em cloud, armazenamento de dados e dispositivos periféricos. Ao contrário dos sistemas centralizados tradicionais, estas soluções não possuem um único ponto de falha, transformando cada dispositivo numa entidade segura capaz de validar continuamente os outros nós da rede.
Segundo o relatório da Messari “State of DePIN 2024“, existem já mais de 13 milhões de dispositivos operacionais diariamente em projetos DePIN, representando um mercado superior a 50 mil milhões de dólares.
Tecnologia DePIN resiste ao aumento de ataques baseados em Inteligência Artificial
Uma das principais razões para a rápida adoção das redes descentralizadas é a sua resiliência face ao aumento significativo dos ataques sofisticados potenciados por ferramentas de inteligência artificial. Atualmente existem cerca de 2.369 projetos DePIN ativos, sendo que 36% dos entrevistados esperam que este número ultrapasse os 4.000 no espaço de apenas um ano. Adicionalmente, cerca de 31% das empresas antecipam aumentar os seus projetos DePIN em mais de 50% nos próximos dois anos.
A segurança e confiança proporcionadas pela tecnologia DePIN foram apontadas como as principais razões para a adoção crescente desta solução, superando benefícios como eficiência operacional ou escalabilidade. Para 70% dos gestores de TI, a resiliência das redes é prioridade máxima, enquanto 60% destacam a arquitetura de segurança descentralizada como fundamental para reduzir vulnerabilidades associadas a infraestruturas centralizadas.
Blockchain e IA são chave para a segurança digital
Os responsáveis de TI destacam ainda o potencial das tecnologias blockchain e inteligência artificial para melhorar substancialmente a segurança das organizações. Entre as funcionalidades mais valorizadas estão a validação contínua em tempo real (34%), a eliminação de pontos únicos de falha (20%) e a integração de IA para deteção dinâmica e imediata de ameaças (42%).
David Carvalho, CEO da Naoris Protocol, sublinha que “o panorama atual da cibersegurança atingiu um ponto crítico. Os líderes empresariais reconhecem claramente os riscos apresentados pelos ataques cada vez mais sofisticados e potenciados por IA, adotando urgentemente redes DePIN para reforçar a resiliência das suas operações”.
Este estudo evidencia o ritmo acelerado com que as empresas globais estão a redefinir as suas estratégias de segurança digital, refletindo uma mudança profunda nas prioridades corporativas.