Empresas deixam cair planos para promover mulheres em cargos de liderança

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Os planos das empresas para promover a liderança das mulheres não têm sido uma prioridade para a maioria das organizações de acordo com o novo estudo global “Women in leadership: Why perception outpaces the pipeline—and what to do about it” do IBM Institute for Business Value (IBV) e da Chief.

O estudo, que entrevistou 2500 profissionais de 12 países e 10 setores, revelou em 2022 um ligeiro aumento do número de mulheres nas categorias de decisão, como C-suite e Conselhos de Administração (ambos agora com 12%), e um aumento de 37% para 40% da representação de mulheres com cargos profissionais/especialistas juniores. No entanto, o número de mulheres nesses cargos de liderança de topo ainda não recuperou os níveis pré-pandemia.

O estudo revela que a representação de mulheres em cargos de vice-presidente sénior é de apenas 14%, face a 18% em 2019, e de 16% em cargos de vice-presidente, face a 19% em 2019. Além disso, menos de metade (45%) das organizações inquiridas reconheceu que a promoção de mais mulheres em cargos de liderança seja uma prioridade formal do seu negócio.

“Embora estejamos satisfeitos em ver uma ligeira evolução da representação das mulheres ao nível dos cargos de C-suite e dos Conselhos de Administração, é imperativo que as empresas façam ainda mais para conseguirem colocar mais mulheres nestas posições de topo”, disse Lindsay Kaplan, Co-Founder e Chief Brand Officer da Chief.

“As mulheres estão significativamente sub-representadas em quase todos os diferentes níveis da força de trabalho. Se as empresas priorizarem a diversidade de género em toda a sua organização, seja através de políticas, investimentos e uma cultura que apoie significativamente as mulheres, veremos um impacto transformador – resultando na equidade para todos no local de trabalho e em empresas mais fortes e resilientes”, acrescentou.

Apesar do otimismo estar a aumentar, não reflete a realidade. Em média, os entrevistados estimam que o seu setor de atividade só atingirá a paridade de género na liderança em 10 anos, um número que é mais otimista que em 2019, quando a estimativa média do setor era de 54 anos. Mas a realidade mostra que, com o ritmo atual de mudança, a paridade de género ainda está a décadas de distância.

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Barreiras estruturais e preconceitos inconscientes continuam a impedir o avanço das mulheres. Desde o auge da pandemia, mais organizações implementaram planos de desenvolvimento de carreira para as mulheres, formação em diversidade e criação de grupos de networking de mulheres.

Os preconceitos persistem – por exemplo, quando se questionou se as mulheres com filhos a seu cargo são tão dedicadas ao seu trabalho face às outras, se a maioria dos inquiridos respondeu que sim, já analisando as respostas dos managers do sexo masculino apenas 40% concordaram.

“Permitir equidade e inclusão dá às organizações uma vantagem competitiva, no entanto, muitas empresas não agem como se o seu crescimento dependesse disso”, disse Kelly Chambliss, Senior Vice President e COO da IBM Consulting. “Para prosperarem num mundo em rápida adaptação, as organizações devem priorizar formalmente o avanço das mulheres – e todos os grupos historicamente sub-representados – e tomar medidas específicas para desafiar barreiras estruturais e preconceitos inconscientes.”

O estudo global, conduzido pelo IBM Institute for Business Value e pela Chief em cooperação com a Oxford Economics, entrevistou mais de 2.500 executivos, diretores e profissionais – um número igual de mulheres e homens – de organizações de 12 países e 10 setores. Vem no seguimento dos estudos anteriores, em 2021 e 2019, onde foram inquiridas pessoas que representam o mesmo tipo de cargos, setores e regiões para permitir uma análise longitudinal.

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