Um estudo da Boston Consulting Group (BCG) e da CO2 AI revela que as empresas líderes em descarbonização estão a registar lucros significativos, com ganhos superiores a 200 milhões de dólares anuais.
Estas organizações, que representam cerca de 25% do universo inquirido, obtêm mais de 7% das suas receitas graças à redução de custos associados a resíduos, racionalização de materiais e recurso a energias renováveis. A descarbonização está, assim, a impulsionar a eficiência e a rentabilidade das empresas que adotam estas práticas.
No entanto, apesar dos claros benefícios financeiros da descarbonização, apenas 9% das empresas afirmam que reportam de forma abrangente as suas emissões de carbono, uma redução de 1 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Manuel Luiz, Managing Director e Partner da BCG em Lisboa, sublinha que “apesar das vantagens financeiras, muitas organizações ainda não estão a aproveitar plenamente estas oportunidades”.
O estudo também destaca que apenas 16% das empresas estabeleceram objetivos concretos para reduzir as emissões, e apenas 11% conseguiram atingi-los, refletindo uma redução no progresso corporativo em comparação com 2023.
A nível regional, as empresas da América do Sul e da Ásia-Pacífico estão a liderar o progresso na redução das emissões, com destaque para a China, Brasil e Índia. Em contrapartida, apenas uma pequena fração das empresas na Europa e América do Norte está a atingir as metas globais de descarbonização.
Segundo o estudo, as empresas que medem e reportam de forma abrangente as suas emissões têm uma probabilidade significativamente maior de lucrar com o processo de descarbonização.