Falar em público, quer seja para um público fisicamente presente ou para um público que está do outro lado do ecrã, não é fácil para todas as pessoas. A comunicação é uma arte que pode ser aprendida, trabalhada e constituir-se numa ferramenta incrível, quer em termos pessoais, quer em termos profissionais.
Confesso que não sou a pessoa mais extrovertida do mundo e que nem sempre foi fácil ter uma comunicação aberta e fluída. Quando mergulhei no mundo da aromaterapia e comecei a dar formação nesta área, comecei por reunir em sala cerca de 20 pessoas. Todo esse palco, inicialmente, dava-me algum stress. Felizmente a minha formação de base em psicopedagogia acabou por ser uma forte aliada por ter tido uma forte componente teórica e prática ao nível da comunicação.
E é sobre este tema que gostava de me debruçar: os ciclos de estudo onde a comunicação não é abordada é, na minha opinião, um grande erro. Estudar a técnica, ser especialista em determinada área e depois não sabe comunicar, não saber qual o posicionamento que mais se adequa e como chegar aos clientes é uma das maiores falhas das formações.
5 passos essenciais
Quando fundei o Instituto Português de Aromaterapia as duas dezenas de formandos em sala rapidamente escalaram para as dez dezenas. Percebi que, se para mim a formação de base em comunicação era essencial, também para estes formandos cheios de garra e espírito empreendedor precisavam dessa componente.
Decidi acrescentar ao plano de estudos da certificação em aromaterapia profissional dois módulos – o de presença e o de comunicação para, desta forma, dar todas as ferramentas aos meus alunos.
E de que ferramentas falamos? Falamos de um conjunto de ferramentas e meios que nos permitem divulgar o nosso trabalho. Seja ele na área da saúde natural ou de qualquer outra. São ferramentas transversais, mas essenciais para uma comunicação de excelência. Tome nota de alguns passos:
O negócio
Para um empreendedor vingar tem, antes de mais, conhecer o seu negócio de forma irrepreensível. Não na ótica do produto e/ou serviço, mas na ótica dos benefícios que oferece.
O nicho
Para quem vamos comunicar? Quem é o nosso target? Conhece a sua persona? Questões muito importantes para saber como devemos comunicar.
Planear
Estabelecer metas e objetivos mensuráveis. Nas minhas aulas costumo dar este exemplo e os meus alunos dizem que é bastante explícito. Imaginem que tenho como objetivo perder peso até final do ano. Como vou saber se realmente atingi o objetivo? Bastar-me-ia perder 500 gramas para alcançar o objetivo? Não, claro que não! É esta a importância de estabelecer metas. Um objetivo seria ‘’perder 5kg até final do ano.’’ Ume exemplo prático e simples, mas bastante claro.
Apoio e relação com o cliente
Os consumidores e clientes gostam de criar uma relação emocional com as marcas. As marcas têm de transmitir algo, têm de ensinar, educar e acrescentar valor.
Site, redes sociais e outras ferramentas de comunicação
A forma como comunicamos, a aparência do nosso site e as redes sociais da nossa marca dizem muito sobre a nossa postura. Desta forma, é fundamental investir em instrumentos de comunicação coesos, plataformas user-friendly e que acrescentem valor a quem nos segue.
Em suma, sugiro que na hora de olharmos para formações e para os conteúdos programáticos das mesmas, tenhamos atenção a toda esta componente prática ao nível da comunicação e presença.
Segundo Bill Gates, se não está na internet, não existe. Eu acrescentaria… se não está (bem) na internet, também não existe.
[…] Lê aqui o artigo na “Revista do Empreendedor” […]