A Agência Nacional de Inovação (ANI) desafia Instituições de Ensino Superior a criarem projetos disruptivos em áreas como energia, espaço, sistemas de informação e 5G.
Esta iniciativa promovida pela ANI, em conjunto com as empresas NOS, Critical Software, GeoSAT e GALP, pretende ser uma plataforma para os investigadores, professores e alunos de Instituições de Ensino Superior nacionais desenvolverem novas ideias, perspetivas e competências para as empresas proporcionando o acesso à investigação e à inovação.
“O nosso objetivo é promover a inovação colaborativa e a transferência de conhecimento para a economia, potenciando os resultados comerciais da investigação, e criar canais de acesso ao conhecimento para as empresas”, explica Joana Mendonça, presidente da ANI.
As candidaturas estão abertas até 19 de março e as inscrições podem ser feitas através do website da ANI. Depois de uma fase de avaliação das candidaturas, as equipas finalistas apresentam as suas ideias num evento de pitch, que deverá acontecer em abril, onde serão escolhidos os vencedores. As equipas vencedoras receberão cinco mil euros cada.
Quatro categorias a concurso; Seis desafios
Os desafios a concurso para profissionais e alunos de instituições de Ensino Superior estão relacionados com as áreas de atividade das empresas parceiras que avaliarão as propostas e com as quais, as equipas vencedoras terão a oportunidade de aprofundar colaboração dos seus projetos no futuro.
Challenge – NOS propõe dois desafios que demonstrem o potencial da tecnologia 5G. O primeiro visa melhorar a segurança em casa através do 5G, usando o poder dos dispositivos conectados e da inteligência artificial para monitorizar cada habitação em tempo real. O segundo centra-se na melhoria do desempenho dos atletas de alto rendimento com 5G, através da utilização da tecnologia de Realidade Aumentada para feedback e orientação visual ou da análise de dados de treino desportivo em tempo real.
Challenge – Critical Software procura redefinir a engenharia de sistemas para automatizar e melhorar o processo atual recorrendo a modelos linguísticos e reinforcement learning assentes em grandes conjuntos de dados.
Challenge – GEOSat lança o desafio de, através da utilização das imagens recolhidas pelos seus satélites, serem desenvolvidos novos serviços de valor acrescentado, que consigam responder de forma inovadora aos desafios globais ou necessidades específicas dos territórios em áreas como saúde, mobilidade, resolução dos impactos das alterações climáticas, segurança alimentar, segurança e disponibilidade de recursos.
Challenge – GALP apresenta dois desafios aos investigadores. O primeiro procura métodos alternativos (e mais sustentáveis) de produção de ânodos de grafite sintética. O processo de produção, designado grafitização, apresenta um elevado consumo de eletricidade, além de utilizar como matérias-primas derivados de petróleo e carvão, representando uma elevada pegada de CO2.
O segundo desafio pretende encontrar soluções para aproveitamento de sulfato de sódio. A produção de hidróxido de lítio monoidrato a partir do concentrado de espodumena e a produção de precursores de cátodo implicam a produção de elevados volumes sulfato de sódio, que são vendidos à indústria da celulose como subprodutos. No entanto, a indústria da celulose tem uma necessidade limitada de sulfato de sódio, pelo que se pretende encontrar soluções alternativas para aproveitamento desta matéria, evitando a sua disposição em aterro.
Esta iniciativa da ANI insere-se na atividade Demand@Tech, no âmbito do Sistema de Apoio a Ações Coletivas – Transferência de Conhecimento Científico e Tecnológico, TECH4INNOV, cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020.