Um inquérito realizado pela imovendo a 11 mil pessoas revela que a maioria dos portugueses acredita que as casas não se vendem facilmente durante a época natalícia. Dos participantes, 65% consideraram que o Natal não é propício para a venda de imóveis, sendo que 46,2% esperariam receber menos contactos caso tivessem a sua casa disponível para venda.
O fato de quem compra casa em dezembro ter que pagar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) referente a todo o ano de 2023 é uma medida desaprovada por 85% dos inquiridos. Mais de metade prefere adiar a compra para janeiro precisamente por essa razão. Além disso, 77,5% dos participantes acreditam que os processos de compra e venda de casas são mais demorados nesta época do ano.
Com Bruxelas destacando Portugal como um dos países da União Europeia com maior crescimento nos preços das casas, o inquérito indica que 90% dos inquiridos consideram as casas portuguesas frias, identificando o aquecimento como o fator mais relevante para um Natal confortável, segundo 75%.
O estudo também revela que, além do aquecimento, os portugueses valorizam ter um quarto de hóspedes, estacionamento e espaços exteriores. A dimensão da casa (35%), temperatura (42,5%), e localização (22,5%) são características consideradas mais importantes na escolha de onde passar o Natal, segundo os inquiridos.
A sondagem aponta ainda que os portugueses estão divididos quanto à dimensão das casas, com metade considerando-as pequenas, enquanto a outra metade afirma que a perceção depende se é moradia ou apartamento.
Para Miguel Mascarenhas, CEO da imovendo “as pessoas ressentem a qualidade das casas em Portugal e, em alturas como o Natal, as críticas sobre a habitação tornam-se mais evidentes, não devendo o preço dos imóveis ser o único fator em consideração para melhorar as casas dos portugueses.”