O número de telemóveis ultrapassou a população mundial, com 5,6 biliões de utilizadores únicos e 8,6 biliões de ligações SIM, segundo a GSMA. Este aumento representa uma oportunidade crescente para os cibercriminosos, com 44 ciberataques por segundo, incluindo o perigoso espelhamento não autorizado dos ecrãs dos telemóveis.
Marijus Briedis, diretor de tecnologia da NordVPN, alerta: “Os hackers utilizam o espelhamento ilegal para aceder a informações pessoais, obter ganhos financeiros, detetar a localização, roubar identidades ou chantagear. Conseguem invadir o dispositivo através de malware ou spyware instalado a partir de ligações maliciosas, ataques Man-in-the-Middle ou acesso físico.”
O espelhamento de telemóveis permite aos utilizadores projetar o ecrã do seu dispositivo noutro, sendo útil tanto em ambientes domésticos quanto profissionais. No entanto, os cibercriminosos podem utilizá-lo para espiar e aceder a dados pessoais, como fotografias, palavras-passe e conversas privadas.
Entre os sinais de espelhamento ilegal estão ruídos estranhos durante chamadas, descarga rápida da bateria, atividades aleatórias no ecrã e aumento do consumo de dados. Outros sinais incluem inícios de sessão não habituais em contas online, alertas falsos de vírus e reinícios inesperados.
Os métodos utilizados pelos hackers incluem a instalação de software que parece legítimo mas que é spyware, táticas de phishing para instalar malware através de e-mails enganosos, ataques Man-in-the-Middle em redes Wi-Fi públicas e exploração de vulnerabilidades nos sistemas operativos. O acesso físico ao dispositivo também pode ser uma via para instalar malware.
Para evitar o espelhamento indesejado, Briedis aconselha reforçar a segurança do dispositivo com palavras-passe únicas e complexas, atualizar regularmente o sistema operativo e as aplicações do telemóvel, utilizar uma VPN de confiança, especialmente em redes Wi-Fi públicas, e aprender a reconhecer e-mails de phishing para evitar clicar em ligações maliciosas ou transferir malware.