A Cegoc, em parceria com o Grupo Cegos, apresentou os resultados do estudo internacional “Transformations, Skills and Learning“, destacando a crescente importância da Inteligência Artificial Generativa (IA Gen) na formação profissional. O estudo revela que 49% dos colaboradores em Portugal já utilizaram IA Gen para aprender, superando a média global de 44%. Este valor coloca Portugal entre os países com maior adesão, logo a seguir ao Brasil (56%) e Singapura (50%).
A pesquisa, realizada em nove países e com a participação de 5.000 colaboradores e 469 diretores de recursos humanos, aponta a transformação tecnológica como o principal fator que impulsiona a mudança nas competências. 63% dos gestores de RH destacam a IA e os dados como elementos que terão maior impacto no desenvolvimento das competências dos colaboradores nos próximos dois anos. No entanto, Portugal regista um dos valores mais baixos neste indicador, com apenas 50% dos gestores a apontarem a IA como uma prioridade, refletindo uma menor perceção da importância desta tecnologia em comparação com outros países.
Além disso, o estudo destaca que 75% dos colaboradores portugueses antecipam mudanças no conteúdo do seu trabalho, uma tendência global observada à medida que as tecnologias transformam a forma como as funções são desempenhadas. Embora 27% dos trabalhadores a nível global sintam que as suas competências estão ou irão ficar obsoletas, este sentimento é menos acentuado em Portugal, onde apenas 20% partilham dessa preocupação.
Outro dado significativo é o empenho dos colaboradores portugueses no desenvolvimento das suas competências. 40% dos trabalhadores em Portugal estão ativamente envolvidos na sua formação, um número superior à média global de 32%. Este envolvimento reflete-se também na recetividade à formação: 97% dos colaboradores portugueses afirmam-se dispostos a adaptar-se às mudanças no mercado de trabalho através de novas aprendizagens, o valor mais elevado entre os países inquiridos.
A utilização da IA Gen como método de formação está em crescimento, embora ainda haja espaço para a sua expansão em Portugal. De acordo com o estudo, a Inteligência Artificial Generativa está a tornar-se uma ferramenta chave, com grande potencial para transformar a forma como os colaboradores aprendem e se preparam para as mudanças futuras no mercado de trabalho.