Segundo um estudo conduzido pela Cegid, houve um crescimento de 8% na implementação de sistemas de faturação eletrónica em 2022 e de 13% em 2023. Estima-se que até o final deste ano, 56% das PMEs em Portugal tenham adotado essa forma de faturação. Apesar disso, apenas 39% das PMEs utilizam atualmente uma solução de faturação eletrónica.
O “Estudo sobre Faturação Eletrónica em Portugal”, conduzido pela Cegid, especialista em soluções cloud de gestão empresarial para os setores Financeiro, também apontou que um terço das empresas desconhece que as faturas em PDF não serão mais consideradas faturas eletrónicas.
A faturação eletrónica é vista como uma solução eficiente para agilizar os processos fiscais e alcançar maior eficiência administrativa. As principais barreiras para a adoção são os custos de implementação, o baixo volume de faturas enviadas e a falta de obrigatoriedade legal. No entanto, a maioria das empresas reconhece os benefícios dessa prática, como a redução de erros e o ganho de tempo.
Eugénio Veiga, Diretor da Unidade de Negócio Cegid Yet na Cegid em Portugal, assegura que “encontramo-nos na situação ideal para liderar uma área em expansão. A tecnologia deve ser vista como um aliado-chave para manter a competitividade das empresas e a adoção da faturação eletrónica deve ser parte integrante da estratégia de transformação digital das organizações portuguesas. Obrigatoriedades à parte, a faturação eletrónica deve ser encarada como a melhor solução para agilizar os processos de criação, receção e envio de documentos fiscais e é importante desmistificar que tem custos demasiado elevados.”
Em Portugal, as principais barreiras para adoção de uma solução de faturação eletrónica são os custos de implementação (21%), o baixo volume de faturas enviadas (20%) e o fato de pertencerem a um setor de atividade que não se encontra abrangido pelas obrigações legais impostas em 2022 (19%). Por outro lado, os quatro principais motivos para a adesão são a eficiência administrativa (44% dos entrevistados apontou como a primeira razão), a obrigatoriedade nos contratos públicos (40%, como segundo driver), redução do arquivo físico (34%) e digitalização dos processos (33%).