Europa prepara gasodutos para o hidrogénio

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96% do sistema europeu de gasodutos de distribuição está pronto para uma conversão para hidrogénio. Segundo o estudo produzido pelo projeto Ready4H2 (Ready for Hydrogen), em que participa a Galp Gás Natural Distribuição (GGND), a larga maioria dos gasodutos europeus de distribuição de gás, que abastecem 67 milhões de lares, empresas e indústrias, já estão prontos para o transporte de hidrogénio.

Trata-se do primeiro relatório produzido pela aliança europeia Ready4H2 sobre a real capacidade das redes de distribuição de gás europeias de suportarem a construção de um mercado de hidrogénio resiliente, alinhado com as ambições recentemente anunciadas para o “Fit-for-55”.

O pacote Fit-for-55 é um conjunto de propostas destinadas a alinhar a legislação da União Europeia em matéria de clima e energia, para atingir o objetivo da UE em reduzir as emissões de dióxido de carbono em pelo menos 55 % até 2030.

“Constatámos, em termos económicos, que é quatro vezes mais barato transportar hidrogénio por gasoduto do que por camião, o que justifica um forte investimento nas redes locais de gás” afirma Peter Kristensen, Presidente da Ready4H2.

é mais barato transportar hidrogénio por gasoduto do que por camião

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A aliança das Operadoras da Rede de Distribuição de gás de 16 países da Europa estão a recolher conhecimentos e experiência para adaptar as suas infraestruturas a uma eventual rede europeia de hidrogénio.

O estudo assinala que, apesar do potencial do hidrogénio, existem ainda uma série de barreiras que continuam a impedir a conversão das redes de gás para transporte de hidrogénio. Entre estas barreiras incluem-se as incertezas relacionadas com o preço e os volumes do mercado de hidrogénio, a falta de sensibilização do público para os benefícios da descarbonização por via deste vetor energético e a falta de apoio às operadoras de rede.

O projeto Ready4H2, lançado em outubro de 2021 prevê ainda a conclusão e divulgação de outros dois estudos, um que analisará de que forma podem as operadoras contribuir para a cadeia de valor do hidrogénio e o segundo deverá elaborar um roteiro sobre a contribuição das operadoras para a criação de uma infraestrutura de distribuição de hidrogénio da Europa.

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