O Silicon Valley Bank (SVB), um dos maiores bancos dos Estados Unidos e um importante credor para startups de tecnologia, entrou em processo de falência e deixou muitas das startups tecnológicas do Vale do Silício sem fundo de maneio para as suas despesas correntes e investimentos.
O SVB é considerado o maior banco de Silicon Valley e, de acordo com um relatório da Fortune, tem um relacionamento com mais de 50% de todas as empresas de capital de risco nos EUA. Os fundos de capital de risco, ou private equity, representaram aproximadamente 56% do portfólio bancário global do banco em 2022.
A falência do banco – que é a maior nos Estados Unidos desde a crise financeira de 2008 – gerou ondas de choque no ecossistema de startups dos Estados Unidos e deixou os fundadores de muitas das empresas tecnológicas da Califórnia a lutar para garantir fundos para folha de pagamento e outras despesas.
A falência ocorreu depois do banco não ter conseguido encontrar um financiador para equilibrar o seu balanço e o Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia (FDIC) interveio e confiscou o banco na sexta-feira de manhã.
As startups que eram depositantes do banco ou que tinham, através dele, acesso ao financiamento de investidores, têm agora um futuro incerto no acesso ao dinheiro. A FDIC, entidade reguladora bancária do Estado da Califórnia, assegura os depósitos até 250 mil dólares. Para contas maiores, que incluem a maioria das startups apoiadas por Venture Capital, as próximas etapas são menos claras.
Embora ainda seja desconhecido o impacto desta falência nos outros bancos ou entidades financeiras, é certo que na segunda-feira muitas empresas tecnológicas de Silicon Valley serão obrigadas a uma contenção brusca de despesas provocada pela falta de liquidez. Despedimentos e cancelamento de encomendas serão as palavras de ordem nos próximos dias.
