Farol é o primeiro programa de aceleração de startups concebido para apoiar projetos que contribuam para mitigar e reduzir a escravatura e o trabalho forçado. A aceleradora que integra o Pacto Global da ONU está à procura de startups e ideias que apresentem e desenvolvam soluções tecnológicas para responder às crises atuais relativas aos Direitos Humanos. As candidaturas podem ser feitas até 31 de agosto.
A Farol é uma aceleradora concebida para identificar e acelerar soluções tecnológicas que contribuam para mitigar e reduzir a escravatura e o trabalho forçado dentro das cadeias de produção. O projeto, impulsionado por uma colaboração entre organizações portuguesas e espanholas que trabalham para a inovação como resposta a questões de Direitos Humanos, está à procura de startups e ideias que apresentem e desenvolvam soluções tecnológicas para responder às crises atuais.
A Farol pretende apoiar projetos com impacto na luta contra a escravatura moderna
A iniciativa é da Partnerships For Humanity, uma consultora sediada no Porto, especializada em reunir entidades políticas, ONG e profissionais criativos para projetos de impacto dentro da sustentabilidade ambiental e social e da Fundación Española Por Los Derechos Humanos (FĒDDHH), uma fundação privada sem fins lucrativos, com sede em Madrid, e que trabalha para a promoção, proteção e defesa dos Direitos Humanos.
Estas duas entidades juntaram-se desenvolver um programa de aceleração para 15 startups de base tecnológica, designadamente projetos em blockchain, inteligência artificial, machine learning, processamento de linguagem natural, reconhecimento de imagem, geolocalização e tecnologias de big data. O programa está aberto tanto a startups em fase de pré-lançamento como em fase inicial, e os projetos selecionados irão integrar um programa de aceleração de seis meses.
“A tecnologia está numa posição única no caminho a fazer em prol dos Direitos Humanos e na concretização de mudanças sociais. A Farol pretende identificar e apoiar projetos que terão um impacto genuíno na luta contra a escravatura moderna”, afirma Raúl Celda, Cofundador da Farol.
Entre os objetivos da Farol está o combate ao trabalho forçado. “Aumentar a transparência nas cadeias de produção é a peça chave para acabar com o abuso laboral e, nesse sentido, retirar as pessoas da armadilha da pobreza”, sublinha Daniela Coutinho, Cofundadora da aceleradora.
O programa de aceleração foi estruturado em parceria com a consultora portuguesa Beta-i e tem também o apoio do Governo Português através da iniciativa Portugal Inovação Social, financiada pelo Fundo Social Europeu.
As candidaturas decorrem até 31 de agosto
A iniciativa tem duas vertentes: a primeira será para apoiar startups tecnológicas motivadas pela concretização de um propósito e projetos de ONG especializadas em tecnologia que estejam em fase inicial de desenvolvimento de produto; e a segunda vertente apoiará startups já com um produto final e com clientes que pretendam acrescentar a redução da escravatura moderna aos seus objetivos.
Através do programa de aceleração, as startups serão apoiadas através de sessões de mentoria e de um extenso programa de conferências, do qual farão parte diversos especialistas e representantes de organizações e marcas. As candidaturas podem ser feitas online até 31 de agosto.