Empresas portuguesas passaram de três para seis milhões o número de documentos eletrónicos emitidos no primeiro semestre de 2021, comparado com o período homólogo do ano anterior. Com esta mudança para a faturação eletrónica as empresas registam poupanças superiores a 47 milhões de euros em despesas de gestão.
Durante o primeiro semestre de 2021, Portugal emitiu 6.106.070 de faturas eletrónicas, ou seja, mais 2.824.638 relativamente ao mesmo período do ano anterior (3.281.432 em 2020), segundo dados do “Estudo sobre a Fatura Eletrónica em Portugal”, realizado pela Seres Portugal.
O estudo, que conta com a participação de mais de 34,500 empresas de diversos setores de atividade, dimensão e localização geográfica, mostra que Lisboa é a cidade que tem maior percentagem de emissão de faturas (+81%), seguida pela cidade de Faro (+8%), Porto (+2,38), e Aveiro (+2,22%).
No que toca à percentagem relativamente ao valor total de faturas rececionadas, Lisboa e Faro mantém-se nas mesmas posições, com +22% e + 17,08% respetivamente, estando Setúbal na terceira posição (+11,89%) e, em quarto lugar, o Porto (9,02%).
Nos últimos anos as empresas portuguesas têm vindo, de uma forma geral, a começar os seus projetos de transformação digital, impulsionado pela diretiva europeia que obriga a utilização da fatura eletrónica nos contratos públicos no ano 2020. No entanto, a crise pandémica da COVID-19, foi também responsável pelo impulso da utilização das novas tecnologias.
“A pandemia fez aumentar exponencialmente a utilização da fatura eletrónica, pois a obrigatoriedade do teletrabalho resultou na contratação de soluções e serviços tecnológicos por parte das empresas que antigamente, estavam postos em segundo plano”, refere Alberto Redondo, CMO da Seres Ibéria.
“A assinatura digital, por exemplo, foi uma das ferramentas que mais cresceu neste período, tendo sido em muitas empresas o primeiro passo para a digitalização de muitos negócios, nomeadamente a adesão à fatura eletrónica”, acrescenta Alberto Redondo.
Este aumento na adoção da fatura eletrónica reflete-se diretamente nas poupanças das empresas não só a nível de despesas de gestão, como também no número de horas, permitindo uma gestão de poupança de 47.383.100€ equivalentes a cerca de 7 anos laborais.
O “Estudo sobre a Fatura Eletrónica em Portugal” foi elaborado pela Seres, especialista em serviços de intercâmbio eletrónico seguro de documentos, e é o primeiro estudo sobre a utilização e adoção da faturação eletrónica no país.
“Com este estudo, conseguimos perceber o atual nível de digitalização das empresas portuguesas, e como está o estado da arte da faturação eletrónica por região, dimensão ou setor de atividade a nível nacional”, explica Tiago Cancela, Sales Manager da Seres Portugal.
A Seres é uma filial da Docaposte (Grupo La Poste) e um ator importante no mercado mundial de soluções de gestão eletrónica de documentos presente em vários países da Europa e América Latina.