FCT NOVA destaca projetos de impacto social

Foto de Louis Reed no Unsplash

No Dia Nacional da Cultura Científica, celebrado anualmente a 24 de novembro, a FCT NOVA assinala o papel da ciência na nossa sociedade e no desenvolvimento humano, sublinhando o compromisso dos seus centros de investigação na inovação de impacto social.  

Com 16 centros de investigação reconhecidos pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a FCT NOVA desenvolve temas tão distintos como os medicamentos sustentáveis, o primeiro ecrã produzido com materiais eco sustentáveis, tecnologia de prevenção e combate a incêndios urbanos, passando pela investigação desenvolvida no âmbito da pandemia COVID-19.

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, FCT NOVA, tem vindo a desenvolver projetos de investigação em áreas cruciais para a sociedade, com destaque para os projetos no âmbito da pandemia de COVID-19 que visam compreender o impacto do vírus e mitigar os seus efeitos junto da população.

Ao longo de 2020 essa inovação traduziu-se em vários projetos reconhecidos pelo seu valor, contributo e inovação nomeadamente:

INVISIBLE: Projeto liderado pela investigadora da FCT NOVA e Vice-Reitora da Universidade Nova de Lisboa, Elvira Fortunato, que desenvolveu o primeiro ecrã produzido com materiais eco sustentáveis. Atualmente comercializado por várias empresas, deu origem a uma nova área tecnológica cujos resultados foram adotados numa variedade de indústrias como as da impressão a jato de tinta e dos diagnósticos médicos inteligentes. O projeto foi o único participante português na lista dos dez finalistas da segunda edição do prémio “Horizon Impact Award 2020“;

PURE: Projeto europeu coordenado pela FCT NOVA que procura desenvolver novos e mais acessíveis medicamentos de origem biológica para o tratamento do cancro e vacinação. A equipa de trabalho propõe-se a redesenhar, nos próximos quatro anos, a forma como os biofármacos são produzidos. Foi recentemente anunciado um financiamento de aproximadamente 3 milhões de euros;

HomeSafe: Solução tecnológica desenvolvida por estudantes que permite monitorizar os parâmetros fisiológicos da população idosa residente em lares, e que permite identificar de forma mais eficiente os sintomas da COVID-19 nesta população. O projeto, desenvolvido por alunos de engenharia da FCT NOVA, em parceria com o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHLC), visa o desenvolvimento de uma app móvel e um módulo de sensores wearable, com termómetro e oxímetro integrados;

Ventilador de emergência minimalista por pressão controlada para COVID-19: Este ventilador tem como destinatários os pacientes da COVID-19 nos cuidados intensivos dos Hospitais do SNS, existindo um enfoque particular em Hospitais de Campanha com necessidade de ventilação intrusiva. O grupo de trabalho pretende desenvolver um projeto demonstrador, considerando a construção de 20 protótipos e a realização de dois pilotos em ambiente hospitalar;

ICU4Covid Cyber-Physical Intensive Care Medical System for Covid-19: este projeto foi qualificado na categoria do desenvolvimento de tecnologias médicas e de ferramentas digitais para melhorar a deteção, supervisão e assistência aos doentes – graças, entre outros, ao desenvolvimento de novos dispositivos que permitem um diagnóstico mais rápido, mais barato e mais fácil e de novas tecnologias que protejam os trabalhadores do setor da saúde. Trata-se de um dos 23 projetos selecionados pela Comissão Europeia para financiamento no âmbito do combate à pandemia da COVID-19;

IntegrAted SolutioNs for the DecarbOnization and Smartification of Islands (Ianos): este projeto pretende demonstrar, em condições operacionais da vida real, um conjunto de soluções tecnológicas e não tecnológicas adaptadas às rigorosas condições das ilhas, em duas ilhas farol (Ameland, na Holanda, e a Terceira, em Portugal), incluindo uma multiplicidade de vetores de fornecimento, armazenamento e utilização final de energia em diferentes condições climáticas e socioeconómicas. Ao mesmo tempo, são desenvolvidas as medidas necessárias para a replicação em três outras ilhas (Lampedusa, em Itália, Bora Bora, na Polinésia Francesa, e Nissyros, na Grécia);

AI-4-MUFF: o projeto tem como missão analisar o fenómeno dos incêndios urbanos através da inteligência artificial e metodologias da ciência dos dados. O objetivo é desenvolver uma investigação sobre esta área e criar uma nova ferramenta que permita a gestão mais eficaz dos recursos da administração pública e que poderá ajudar a redistribuir pessoas e equipamentos ou, até, a definir o melhor local para um quartel de bombeiros.

CAPonLITTER: a iniciativa visa melhorar políticas e práticas que possam ajudar na prevenção do lixo marinho, nomeadamente o que é gerado e descartado pelas atividades de turismo e recreio nas zonas costeiras, em particular o plástico. Através da troca de experiências e de conhecimento mútuo, os parceiros intervenientes neste projeto de cooperação irão explorar formas de melhorar as suas políticas regionais e promover a implementação das melhores práticas, com a participação ativa de atores-chave no processo;

 GLYCOVID-19 Testing existing glycan-based drugs to neutralize SARS-CoV-12: o projeto visa a testagem de compostos baseados em glicanos e plasma convalescente quanto ao seu potencial para neutralizar a entrada de SARS-CoV-2 durante a infeção. O consórcio inclui, além da UCIBIO da FCT NOVA, as empresas CellmAbs, Pharma73, VectorB2B, e as entidades do SNS, INSA, IPO-Porto, Hospital de São João e o Centro Hospitalar Universitário do Porto;

ODSlocal: projeto pioneiro a nível mundial, que consiste numa plataforma digital que pretende promover as boas práticas e a participação cívica com o intuito de auxiliar os municípios a cumprir com os objetivos de desenvolvimento sustentável para 2030 definidos pela ONU.

A qualidade científica reflete-se também na produção científica, com publicações no TOP 10 das principais revistas internacionais da especialidade, e a distinção dos seus investigadores, como Elvira Fortunato, a única portuguesa entre as vencedoras do ‘Women in Tech Global Awards 2020’.

(artigo editado em 25/11/2020 substituindo “Dia Mundial da Ciência” por “Dia Nacional da Cultura Científica”)

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