A abundância de talento disponível no mercado de trabalho e a excelente qualidade de inglês falado pelos portugueses são dois dos argumentos que atraíram para Portugal os fundadores da Uniplaces. Mariano Kostelec, Ben Grech e Miguel Amaro, entrevistados pela Forbes.
Eles trocaram Nottinghan, no Reino Unido, por Lisboa não só pela qualidade dos profissionais que precisavam para afirmar a sua empresa, mas também pelos baixos custos de rendas e salários, fundamentais quando os negócios estão na fase inicial.
Mas a Forbes destaca ainda a coesão do ecossistema empresarial português. Lisboa é ‘uma cidade perfeita para ganhar dinheiro’ onde as startups encontram excelentes condições e incubadoras que criam uma grande e vibrante comunidade empresarial.
A capital portuguesa ‘é um laboratório’ explicam à Forbes os criadores da Uniplaces. Eles estabeleceram-se em Lisboa em 2012, quando despertavam as primeiras incubadoras de empresas, e as startups tinham ‘um território praticamente virgem’, com ‘pessoas arrojadas e boas ideias para investir’.
O destaque de Portugal é tanto mais evidente quando o mesmo artigo destaca ainda o testemunho de outros ‘expatriados’ britânicos com negócios em Itália e Áustria. Apesar de também encontrarem vantagens na opção italiana ou austríaca, os entrevistados pela jornalista Alison Coleman, sublinham a burocracia italiana ou a complexidade no processo de certificação profissional exigido para exercer uma atividade na Áustria.
Comparado com a ‘fraca digitalização’, lamentada pelo empreendedor de Viena, que relata à Forbes as dificuldades dos austríacos em aceitar o correio electrónico como correspondência, as ‘queixas’ dos empreendedores de Lisboa, segundo os quais ‘foi preciso trabalhar muito, aprender depressa e nunca parar’ não são mais do que aquilo que qualquer empresário que vai iniciar um negócio, estará à espera.