Geração Z muda conceito de Trabalho

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Um número crescente de funcionários da Geração Z está a mudar a maneira como as empresas trabalham, levando os empregadores a lutar para reter talento. Especialistas recomendam o foco no bem-estar emocional dos trabalhadores, flexibilidade no local de trabalho e comunicar os valores da empresa com mais clareza para manter a nova geração de trabalhadores comprometida.

A Geração Z e os Millennials – a geração anterior – agora dominam a força de trabalho e constituirão até 30% de todos os trabalhadores até 2030. Uma característica marcante da Geração Z é a sua tendência para mudar de emprego com mais frequência do que as gerações anteriores e manifestam menos interesse em fazer sacrifícios por uma empresa. Esse comportamento de carreira está a levar os gestores de recursos humanos a criar novas estratégias de retenção de pessoal, para evitar que a excessiva mobilidade afete o desempenho da empresa.

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Efeito surpreendente da pandemia — ambições de carreira diminuídas

O impacto da pandemia e a ênfase na saúde e felicidade pessoais desafiam a estabilidade salarial e de carreira que eram até agora o principal fator motivador. O tempo fora do trabalho e a capacidade de praticar hobbies, para a Geração Z, são tão importantes quanto o próprio trabalho.

Diana Blažaitienė, especialista em trabalho remoto e fundadora da Soprana Personnel International, uma agência de soluções de recrutamento e trabalho temporário, considera a abordagem da Geração Z ao trabalho um momento crucial.

“Os empregadores precisam levar em consideração que a pandemia levou muitas pessoas, especialmente a Geração Z, a reavaliar seus valores. Hoje, eles não se sentem inclinados a fazer mais do que está na descrição de seu trabalho – ambições de carreira deram lugar a evitar stresse desnecessário, esgotamento e desejo de passar mais tempo com os próximos”, disse Blažaitienė.

De acordo com Diana Blažaitienė, a pandemia afetou todas as gerações de trabalhadores, incluindo a Geração Z, com efeitos duradouros na saúde mental e na produtividade. “É por isso que os empregadores devem focar-se mais no bem-estar emocional dos seus funcionários, como: conexão pessoal, pacotes motivacionais que cuidam da forma física e mental, além de dias extras de folga”, acrescentou.

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Local de trabalho flexível — um novo normal

As empresas têm sofrido perdas significativas, associadas a esse novo comportamento da força de trabalho – são necessários mais recursos e tempo para processos de seleção e contratação, assim como a integração e formação de novos funcionários.

Embora o tempo em que se trabalhava toda a vida na mesma empresa já tenha terminado, a perda de funcionários num estágio inicial de carreira é prejudicial em muitos níveis, por isso os responsáveis pela gestão de recursos humanos têm procurado implementar novas estratégias de retenção de funcionários.

Para responder à pergunta porque a Geração Z não é motivada pelos benefícios habituais associados ao crescimento da carreira, os especialistas citam uma combinação de razões, incluindo a falta de flexibilidade.

“Em primeiro lugar – condições de trabalho flexíveis. Equilibrar o trabalho e a vida pessoal é crucial para os funcionários da Geração Z, e as empresas que oferecem flexibilidade serão, sem dúvida, mais atraentes para potenciais candidatos a emprego”, aconselha Blažaitienė.

Na foto: Diana Blažaitienė

Por outro lado, a geração Z reflete constantemente sobre um propósito de vida maior para si, a e essa pressão também acaba sendo exercida sobre os empregadores. Os Z querem valores claramente declarados e que a empresa se comporte de forma ética, envolvendo-se numa mudança social positiva e abordando questões ambientais.

Diana Blažaitienė acredita que as empresas que deixarem de comunicar seus valores serão as mais afetadas. “Esta geração muda a forma como trabalhamos. Os empregadores precisam adaptar os seus negócios para se manterem competitivos e atrair talento. E, o mais importante, abraçar essas mudanças não para agradar ao funcionário da Geração Z, mas sim para iniciar uma mudança na organização. É necessária uma abordagem totalmente nova sobre como conectar, inspirar e cuidar dessa força de trabalho jovem”, concluiu a especialista.

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