Gestão de dados pode combater escassez de medicamentos na Europa

Empresa de inteligência em saúde irá fornecer dados de consumo de medicamentos à Agência Europeia do Medicamento, permitindo resposta mais eficaz às carências no abastecimento.

Foto de MadiaMira em Freepik

A IQVIA, líder mundial na gestão de dados de saúde, estabeleceu um acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) com vista ao combate à crescente escassez de medicamentos em diversos países da União Europeia. A colaboração assenta no fornecimento, por parte da IQVIA, de dados proprietários sobre o consumo de medicamentos, permitindo à EMA identificar padrões, antecipar necessidades e planear intervenções em tempo útil.

Uma análise recente conduzida pela empresa revela que estão ativas mais de 9.000 situações de escassez de medicamentos em toda a Europa, afetando áreas terapêuticas críticas como saúde mental, dor crónica, antibióticos, oncológicos e anti-hipertensivos. Cerca de 75% dessas situações registadas em 2024 são pan-europeias, ou seja, com impacto simultâneo em mais de oito países, e muitas delas prolongam-se por mais de um ano, agravando o acesso dos doentes aos tratamentos.

A nova parceria permitirá, assim, à EMA aceder a dados reais de consumo em tempo quase real, o que constitui uma ferramenta essencial para desenvolver estratégias proativas de gestão da escassez, incluindo a redistribuição de stocks entre países. “A escassez de medicamentos é uma questão global urgente que pode comprometer seriamente os tratamentos dos pacientes”, sublinhou Dean Summerfield, da IQVIA. “Com dados mais precisos, as autoridades poderão tomar decisões mais informadas e antecipar soluções antes que as ruturas se agravem.”

Para além de reforçar a capacidade de resposta da EMA, a IQVIA pretende também apoiar os esforços das autoridades nacionais na prevenção de escassez local, reforçando o papel dos dados como instrumento de decisão estratégica em saúde pública. A empresa reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento de soluções tecnológicas que contribuam para um ecossistema de saúde mais resiliente e centrado no bem-estar dos pacientes.

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