Go Big Data Or Go Home

Cada vez que alguém recorre à tecnologia, para comunicar, aprender, interagir com outras pessoas e marcas ou fazer uma compra, é deixado um rasto virtual de dados comportamentais.

A bola de neve de informação que se vai gerando com as interações dos consumidores, acaba por atingir proporções gigantescas, refletindo a forma como estes decidem despender o seu tempo, o que realmente lhes importa e até mesmo quais os seus desejos. Então, combinando todos estes inputs digitais externos com toda a experiência e conhecimento dos seus profissionais de marketing, torna-se mais fácil para uma empresa mapear com maior precisão qual o caminho que deve trilhar para chegar aos consumidores-alvo.

Mas afinal, o que é isto do Big Data?

Big Data é um termo utilizado para descrever volumes massivos de informação, que podem ser minerados (data mining), isto é, analisados de diversas perspetivas, de modo a que sejam posteriormente sumarizados, no sentido de entender qual a informação essencial que pode ser utilizada para afinar a estratégia da empresa.

Um exemplo claro da importância de big data está na forma de como a sua boa gestão e utilização pode ser fundamental para a criação de campanhas de marketing que recorram à técnica de storytelling – traçar um perfil detalhado e preciso do consumidor é crucial para o desenvolvimento de uma narrativa eficaz, o que apenas pode ser conseguido tendo acesso a muita informação que possa ser criteriosamente dissecada.

Frequentemente, a capacidade de trabalhar esta informação pode até tornar-se uma fonte de vantagem competitiva sustentável – muitas empresas falham ao captar todo o potencial de geração de valor que uma base de dados rica em informação relevante pode fornecer, permitindo às que o sabem fazer explorar oportunidades únicas de fortalecer a sua posição no mercado.

Melhores Práticas De Big Data

Mais do que conseguir gerir eficientemente grandes volumes de informação, materializar as aprendizagens resultantes da análise de dados em algo que efetivamente funciona está longe de ser fácil. Deste modo, aliar esta capacidade de gestão a metodologias de marketing ágil, faz com que o marketeer seja capaz de responder às necessidades de um consumidor que é cada vez mais exigente, impaciente e que não está disposto a prestar atenção a coisas que não lhe despertem grande interesse.

Para além disto, analisando a informação que tem ao seu dispor, o marketeer ao planear as suas campanhas de marketing deve:

  • Saber o que mexe com os seus consumidores, o que os faz reagir;
  • Ter respeito pela confidencialidade dos dados e privacidade dos seus clientes, recolhendo apenas os dados que estes se sentem confortáveis em partilhar;
  • Demonstrar aos seus clientes aquilo que têm a ganhar com a partilha de informação;
  • Saber como é que esta informação pode ser incorporada na campanha;
  • Definir objetivos concretos, através da definição de indicadores-chave de performance relevantes;
  • Criar mecanismos de mineração de dados que lhe permitam filtrar informação eficientemente, focando-se no que é verdadeiramente relevante;
  • Medir com precisão as respostas dos seus clientes aos estímulos a que são sujeitos.Big Data em prática Uma empresa que se tem destacado pela forma como manuseia a informação sobre os seus clientes é a Nike, em particular com o seu serviço de customização NikeiD. Através deste serviço, desportistas de todo o mundo conseguem adaptar os modelos-base da marca às suas preferências e gostos pessoais, pagando para isso um extra que corresponde ao custo da customização para a marca. Desde o material da sola, às cores dos atacadores, passando ainda pelos logotipos e ainda dando possibilidade ao consumidor de colocar o seu próprio nome nas sapatilhas, há um sem número de combinações disponíveis.

    Com este serviço a marca consegue ir ao encontro dos desejos dos seus consumidores, ao mesmo tempo que recolhe dados valiosíssimos sobre padrões de consumo e tendências dos seus clientes. Estudando esta informação, os marketeers conseguem planear campanhas de marketing, desenvolver produtos e serviços e mesmo moldar a sua estratégia de go-to-market de forma mais eficaz e com uma melhor relação custo-benefício. Mais ainda: quando um potencial cliente utiliza o site da marca para realizar uma compra, junto aos itens em que este está interessado surgem sugestões de produtos/serviços que outros consumidores com gostos semelhantes compraram, algo que a empresa só consegue fazer por gerir com sucesso a sua base de dados.

    ‘A informação é o petróleo do século XXI, e analytics o motor de combustão’ – Peter Sondergaard, VP da Gartner.

    Ao ritmo a que as inovações tecnológicas têm revolucionado a forma como as empresas se comportam nas suas respetivas indústrias, recolher, armazenar e interpretar volumes massivos de informação nunca foi tão fácil.

    Assim, a chave para o sucesso num mundo inundado em dados, passa não só pela capacidade das empresas em se adaptarem agilmente às mudanças que ocorrem nos contextos voláteis em que se inserem, respondendo em tempo real às vontades dos seus clientes, mas também por conseguirem filtrar eficazmente toda a informação com que são bombardeadas todos os dias.

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