Governo reforça investimento na StartUp Portugal

Startup Portugal recebe programa de financiamento para apoiar startups
Foto: website StartUp Portugal

O Ministério da Economia lançou uma Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, designada StartUp Portugal, que visa o alargamento a todo o País e a todos os setores de atividade da dinâmica empreendedora do ecossistema de startups português.

O Governo considera que Portugal tem hoje um dos mais vibrantes ecossistemas de empreendedorismo europeus, decorrente dos investimentos realizados na última década em qualificação de recursos humanos, infraestruturas e tecnologia, que proporcionam enormes oportunidades para quem pretende lançar ou investir em novos negócios.

Para potenciar essa visão, o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, propõe um conjunto de medidas na Estratégia Nacional para o Empreendedorismo para através da StartUp Portugal, atingir os seguintes objetivos:

  • Criar um ecossistema de empreendedorismo à escala nacional;
  • Atrair investidores nacionais e estrangeiros para investirem em startups;
  • Cofinanciar startups, sobretudo na fase da ideia;
  • Promover e acelerar o crescimento das startups nos mercados externos;
  • Implementar as medidas do Governo de apoio ao empreendedorismo.

Estas medidas inscritas no programa Startup Portugal vão promover uma “revolução tecnológica que não tem barreiras nem geografia e que pode ser também um importante fator de desenvolvimento internacional”, frisou Manuel Caldeira Cabral, referindo que o objetivo é acelerar o crescimento, dinamizar o ecossistema e internacionalizar as startups portuguesas.

“Acelerar o crescimento das startups era um objetivo central mas para isto eram necessários novos instrumentos de financiamento”, disse o Ministro, acrescentando que há um novo instrumento, terminado este ano, que “está completo e pronto a receber investimentos, e que deve ter já investimentos concretizados até ao final do ano”.

O programa 200M, com uma capacidade de financiamento de 200 milhões de euros, é “um instrumento inovador que quer coinvestir com os melhores, trazer investidores com conhecimento e capacidade financeira para investirem nas startups portuguesas, para as fazer crescer e internacionalizar”, sublinhou Manuel Caldeira Cabral.

A Estratégia Nacional para o Empreendedorismo – StartUp Portugal propõe um conjunto de medidas de apoio ao empreendedorismo que serão implementadas por diversas entidades do ecossistema empreendedor, nomeadamente o IAPMEI, a Portugal Ventures (sociedade de capital de risco onde o IAPMEI é o acionista de referência), a IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento, a PME Investimentos (sociedade financeira participada pelo IAPMEI), a AICEP, o Turismo de Portugal, as Universidades, os Ministérios da Economia, dos Negócios Estrangeiros, da Presidência e Modernização Administrativa e das Finanças e, no âmbito da participação portuguesa no Web Summit, a Câmara Municipal de Lisboa e o Turismo de Lisboa.

Em apenas dois anos o ecossistema de inovação português conseguiu gerar dois unicórnios e dezenas de novas empresas com investimentos na ordem dos milhões de euros

O programa StartUP Portugal foi lançado em 2016 com o objetivo de reforçar o ecossistema e a capacidade de financiamento das empresas tecnológicas, e fomentar a competitividade da economia, pela atração de investimento estrangeiro na área tecnológica, renovação do tecido económico e criação de mais emprego qualificado

Em apenas dois anos o ecossistema de inovação português conseguiu gerar dois unicórnios  (Farfetch e Outsystems, com a Feedzai a caminho de atingir esse estatuto) e dezenas de novas empresas tecnológicas com investimentos na ordem dos milhões de euros e a gerar milhares de empregos (Unbabel, Venian, Codacy, Dashdash, SwordHealth ou ProdSmart são apenas alguns exemplos recentes).

Também empresas criadas por portugueses no estrangeiro, como a Talkdesk, Innuos ou Uniplaces, regressaram a Portugal e hoje empregam centenas de trabalhadores altamente qualificados.

O ecossistema português ganhou visibilidade internacional e conseguiu atrair novos investidores para as startups portuguesas, assim como grandes centros de competência tecnológicos de multinacionais como a Google, Zalando, CGI, Cisco, Altran, Natixis, Fujitsu, VW, Vestas ou Mercedes.

Portugal tem hoje incubadoras e aceleradoras de referência mundial, como a Second Home e a Dream Assembly, a participar ativamente na dinamização do ecossistema e na aceleração das startups portuguesas. O programa de aceleração da Techstars, que agora vai entrar em Portugal, é mais um reforço no apoio à aceleração das startups portuguesas.

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