Hitachi Consulting testa solução para o controlo de bilhetes no Metro do Porto

Nova tecnologia vai controlar utilização de serviço por passageiros sem bilhete

A consultora tecnológica ganhou o concurso para implementar uma solução destinada a controlar utilizadores do Metro do porto que não sejam portadores de título de transporte válido. O sistema, desenvolvido pela equipa portuguesa da Hitachi Consulting, deverá controlar o acesso de passageiros sem bilhete, numa rede de transporte sem barreiras físicas.

A solução em desenvolvimento pela equipa portuguesa da consultora tecnológica tem como objetivo reduzir a utilização do serviço de transporte da Metro do Porto por passageiros que tentem viajar sem título de transporte válido e apoiar os agentes de fiscalização de títulos de transporte numa das maiores redes de metropolitano ligeiro da Europa.

À semelhança do que acontece noutras cidades, como Berlim, Viena ou Praga, o Metro do Porto não tem barreiras físicas para controlo de títulos de transporte nos acessos das Estações, sendo a validação de títulos considerada como um ato de civilidade sem necessidade de restrições. No entanto, considera-se necessário realizar a verificação da correta utilização do transporte, para além da fiscalização de títulos por agentes, como forma de se evitar a perda de receita.

Com esta finalidade (deteção de utilizadores sem títulos de transporte válidos), a Hitachi Consulting irá testar uma solução, fazendo uso de sensores LIDAR, para detetar ações, movimentos e direções dos utilizadores do serviço de transporte, no seu percurso de acesso ao Metro, sem invadir a privacidade.

Jorge Antunes, Diretor de Desenvolvimento do Negócio para a região EMEA da consultora, explica que “a Hitachi Consulting tem uma experiência acumulada nesta área, com casos de sucesso semelhantes e em locais comerciais, ajudando na gestão dos espaços para efeitos de segurança ou rentabilidade”.

No Metro do Porto, o sistema de sensores LIDAR irá permitir controlar o número de pessoas que acede ao Metro e com título de transporte válido, detetar as situações irregulares e apoiar os agentes de fiscalização no acompanhamento dos infratores. “Estes sensores permitem-nos fazer esta deteção sem identificar o indivíduo, cumprindo todos os requisitos do Regulamento Geral de Proteção de Dados”, acrescenta.

Para a Metro do Porto, a solução de controlo de clientes sem título de transporte válido teria de passar por uma abordagem técnica “não clássica”, dado ser relevante poder-se realizar o controlo de clientes mantendo o acesso ao transporte sem a introdução de condicionantes físicas que alterassem a conceção e imagem das Estações.

As ideias de solução recebidas foram diversificadas, tendo a sua avaliação reconhecido haver bom potencial de satisfação dos objetivos a alcançar na ideia da Hitachi, o que irá ser melhor avaliado através de uma implementação real de demonstração.

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