Na madrugada de domingo, 30 de março, os relógios serão adiantados uma hora, marcando a entrada no horário de Verão. Embora esta alteração possa parecer um simples ajuste rotineiro, para os viajantes de negócios representa um conjunto de riscos operacionais e logísticos que exigem atenção redobrada, principalmente em períodos de deslocações intensas e compromissos marcados ao minuto.
Segundo o Global Business Travel Survey da SAP Concur, cerca de 80% dos viajantes de negócios adotam medidas proativas para garantir a pontualidade e a segurança, como o planeamento de margens de tempo para chegadas e partidas. Contudo, a mudança da hora acrescenta uma complexidade adicional que pode comprometer agendas, ligações aéreas e até a contabilização correta de despesas de deslocação.
Impacto nas viagens e no planeamento internacional
O desfasamento temporal causado pela mudança de hora é especialmente problemático em viagens internacionais, uma vez que nem todos os países fazem a transição no mesmo dia. A Europa, por exemplo, altera os relógios no último domingo de março, enquanto EUA e Canadá o fazem mais cedo, no segundo domingo do mês. Esta variação pode levar a erros no agendamento de reuniões e voos, sendo essencial que as empresas alertem os seus colaboradores para estas diferenças e incentivem o uso de calendários digitais atualizados automaticamente.

Registo de horas e despesas: evitar falhas de cálculo
A duração de uma viagem pode ser encurtada artificialmente pela mudança de hora, o que afeta o direito a subsídios de refeição e a recolha de horas de trabalho. Uma viagem com oito horas previstas pode passar a ter apenas sete, inviabilizando a ajuda de custo inicialmente estimada. Esta situação é particularmente sensível em deslocações noturnas ou em voos de madrugada.
As empresas devem incluir regras claras nas suas políticas internas sobre como lidar com estas situações, para evitar inconsistências na contabilização de tempos e custos. As ferramentas digitais de gestão de despesas e horas de trabalho devem estar configuradas para processar corretamente a mudança de hora, evitando registos incorretos ou sobreposições.

O papel das empresas: prevenir e apoiar
Num cenário onde o stress associado às viagens de negócios já é elevado — com 43% dos viajantes a considerarem o período pré-viagem como particularmente desafiante — a antecipação é essencial. O fornecimento de orientações claras, formação e apoio tecnológico pode mitigar os efeitos da mudança de hora e garantir maior eficiência.
A mudança de hora é mais do que um ajuste pontual: pode comprometer a pontualidade, produtividade e até a remuneração dos colaboradores. Ao planear com antecedência e integrar soluções digitais fiáveis, as empresas asseguram deslocações mais fluidas e eficazes, mesmo quando o tempo avança sem aviso.