A IDC (International Data Corporation) estima que o investimento em soluções de cibersegurança em Portugal alcance os 250 milhões de euros até ao final deste ano, um crescimento de 15% face ao período anterior. A previsão para o mercado de computação na nuvem ultrapassa um aumento de 20%, atingindo quase mil milhões de euros. Estes investimentos refletem uma resposta direta à crescente necessidade de proteção de dados e conformidade com a Diretiva de Segurança de Redes e Sistemas de Informação (NIS2), particularmente em setores críticos como energia, transporte, saúde e finanças.
Gabriel Coimbra, Group Vice President e Country Manager da IDC Portugal, destacou que “a procura por profissionais especializados aumentou, especialmente nas áreas de desenvolvimento de software, cibersegurança e análise de dados”. Contudo, a escassez de talentos qualificados coloca um entrave à expansão das equipas e ao avanço de projetos estratégicos.
A diretiva NIS2, que os Estados-membros tinham até outubro para transpor, visa reforçar a resiliência das infraestruturas críticas na União Europeia, impondo requisitos rigorosos de cibersegurança. Em resposta, o governo português aprovou recentemente diplomas para integrar os princípios da NIS2 e desenvolveu um novo regime jurídico de cibersegurança, atualmente em consulta pública.
A IDC projeta que a integração da GenAI com sistemas autónomos e Internet das Coisas (IoT) abrirá uma nova fase para a computação na nuvem em Portugal, com a utilização de arquiteturas híbridas de nuvem quântica-clássica e sistemas de IA para gestão autónoma de ambientes digitais. Com esta transformação, as empresas que liderarem a adoção de GenAI estarão mais bem preparadas para otimizar a sua infraestrutura digital e manter a competitividade num mercado cada vez mais exigente.