79% dos líderes em experiência do cliente planeiam aumentar o investimento em inteligência artificial e automatização em Contact Centers. Segundo um relatório da Talkdesk Research, o valor da inteligência artificial (IA) permanece inquestionável porém, ainda existem barreiras na escala e no alcance das ambições.
O mais recente relatório da Talkdesk Research “The Future of AI 2022: Progressing AI Maturity in the Contact Center” (O Futuro da IA 2022: progredir a maturidade da IA em Contact Centers) dá conta de um consenso (85%) em torno do valor da IA, no entanto as empresas estão a restringir a sua abordagem a esta tecnologia, abrandando a curto-prazo implementações mais profundas, devido a desafios relacionados com o alinhamento organizacional, segurança e falta de talento.
Ainda assim, a maioria sublinha que pretende continuar a investir à medida que as expectativas no serviço ao cliente aumentam em todo o tipo de setores e a inteligência artificial é percecionada como uma vantagem competitiva, melhorando a qualidade do serviço e aumentando a produtividade.
Para recolher os benefícios e evitar ficar para trás, 79% dos profissionais da customer experience (CX) dizem que a sua empresa planeia aumentar os investimentos no próximo ano, 52% reconhecem que, sem a IA e a automatização, a satisfação do cliente diminuirá, e 48% esperam um declínio na produtividade da equipa do centro de contacto. No entanto, a utilização de IA e automação em centros de contacto diminuiu. Por exemplo, a utilização para self-service caiu de 69% em 2021 para 60%, atualmente.
O relatório assinala que existe um desalinhamento dos objetivos empresariais de IA, com os profissionais de CX, que afirmam ter menos confiança na sua própria compreensão da tecnologia. A percentagem daqueles que dizem estar moderadamente a extremamente familiarizados com a IA em Contact Center caiu de 93%, há um ano, para 87%. Do mesmo modo, o número de inquiridos que caracterizou a aplicação da tecnologia da IA na sua organização como mais avançada caiu para 35%. A resistência à mudança dentro das suas empresas e a falta de visão estratégica foram as barreiras mais frequentemente citadas.
Em relação a riscos de segurança e desafios informáticos, 80% acreditam que a IA irá melhorar a segurança e autenticação da identidade nos próximos dois anos. Quase tantos (75%) concordam também que esta tecnologia permitirá que os dados dos clientes sejam mais seguros do que com um agente frente a frente. A crença de que a IA irá melhorar a segurança parece contradizer as conclusões de que a segurança é um obstáculo-chave à implementação, contudo, metade dos inquiridos atribui as preocupações de segurança às limitações da infraestrutura dos Contact Centers.
Outra barreira comum à implementação de IA avançada é a falta destes profissionais que possam construir, formar e manter estas soluções. As novas tecnologias, tais como ferramentas “human-in-the-loop“, podem ajudar a democratizar o uso da IA em Contact Centers, facilitando aos agentes a formação e manutenção de modelos de IA sem a necessidade de terem conhecimento especializado de programação. De acordo com o inquérito, 15% das empresas já estão a tirar partido destas ferramentas emergentes.
“Como os Contact Centers continuam a evoluir de centros de custo para centros de crescimento, ficar aquém da maturidade da IA pode ter um impacto negativo não só nos objetivos mais importantes destes locais, tais como a satisfação do cliente e a produtividade, mas também nos objetivos empresariais mais amplos ligados às receitas e ao valor da longevidade do cliente”, diz Ben Rigby, vice-presidente sénior da Talkdesk e chefe global de produto e engenharia, IA, automação e força de trabalho. “Trabalhar em estreita colaboração com um parceiro tecnológico de CX com conhecimento profundo sobre IA pode permitir às organizações derrubarem barreiras de implementação e alcançarem as suas ambições relacionadas com a IA”.