Inteligência Artificial e escassez de talento lideram tendências no setor da Saúde

Principais tendências no setor da saúde: IA, escassez de talento, experiência do paciente e resiliência logística.

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O setor da Saúde e Ciências da Vida enfrenta mudanças profundas impulsionadas pela Inteligência Artificial, a escassez de talento, o envelhecimento da população e a necessidade de resiliência nas cadeias de abastecimento, enquanto se adapta às novas exigências dos pacientes e ao crescimento do mercado de medicamentos GLP-1.

De acordo com o relatório ManpowerGroup Global Insights – Tendências do Mundo do Trabalho no setor da Saúde e Ciências da Vida, o setor da Saúde e Ciências da Vida está a passar por mudanças significativas impulsionadas pela tecnologia, alterações demográficas e novas exigências dos pacientes. O estudo aponta cinco tendências principais que estão a redefinir o futuro desta indústria.

1. Adoção da Inteligência Artificial (IA)

A IA está a transformar os cuidados de saúde, permitindo diagnósticos mais rápidos, tratamentos personalizados e monitorização remota. Contudo, a implementação enfrenta desafios como custos elevados, preocupações com a privacidade e resistência dos trabalhadores. Apenas 38% das organizações do setor utilizam ferramentas de IA, abaixo da média global de 48%. A adaptação das estratégias de gestão de talento e o investimento em formação são críticos para maximizar o potencial da IA.

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2. Envelhecimento da população e escassez de talento

O envelhecimento global da população gera uma procura crescente por cuidados de saúde, mas o setor enfrenta uma escassez de trabalhadores sem precedentes. A Organização Mundial de Saúde prevê um défice de 10 milhões de profissionais até 2030, afetando sobretudo países com menores rendimentos. Em Portugal, 86% dos empregadores reportam dificuldades em encontrar talento. A aposta na formação, inclusão e skills transferíveis será essencial para colmatar esta lacuna.

3. Resiliência na cadeia de abastecimento

As cadeias de abastecimento estão a ser reestruturadas para resistir a disrupções, com foco na produção local e digitalização para monitorizar stocks em tempo real. Iniciativas como a Aliança de Medicamentos Críticos na União Europeia visam reduzir vulnerabilidades. Contudo, a complexidade crescente destas cadeias exige talento especializado em logística, regulação e análise de dados.

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4. Foco na experiência do paciente (PX)

Os pacientes procuram cada vez mais cuidados personalizados e empáticos. Este foco coloca pressão sobre um setor onde 52% dos trabalhadores experienciam stress diário. Melhorar a gestão do stress e fomentar soft skills, como a empatia e a colaboração, tornam-se prioritários para atrair e reter talento, enquanto se melhora a perceção dos serviços de saúde.

5. Crescimento dos medicamentos GLP-1

Os medicamentos GLP-1, usados no tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade, registam uma expansão acelerada. O potencial desta classe poderá estender-se a outras condições, criando uma forte procura por talento especializado na produção, distribuição e apoio aos cuidados relacionados com a perda de peso.

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