A equipa Junikek foi a vencedora da iniciativa HACKATHOME da Câmara Municipal de Lisboa e da Startup Lisboa, para procurar soluções tecnológicas e inovadoras para o problema das mais de 48 mil casas vazias em Lisboa. O HACKATHOME premiou as ideias de base tecnológica mais inovadoras com um total de 10 mil euros.
A solução DAOHomes, idealizada pela Junikek, assenta em tecnologia blockchain para ligar investidores e proprietários de imóveis devolutos. Reconhecendo o potencial da propriedade, os vários investidores interessados podem aplicar fundos à sua renovação. Uma vez concluídas as obras de renovação, a casa pode ser vendida ou arrendada, resultando num retorno financeiro a todos os envolvidos. A ideia para esta solução surge da noção de que existe falta de capital para que os proprietários possam renovar as suas casas para negócios imobiliários, ao mesmo tempo que 49% da população se mostra interessada em investir no mercado imobiliário.
A Junikek recebeu um prémio monetário de 7 mil euros e poderá ter a oportunidade de ver a sua ideia implementada, conjuntamente com a Câmara Municipal de Lisboa.
Em segundo lugar, e com um prémio de 2 mil euros, ficou a Home.io que consiste numa ferramenta de crowdfunding para estimular a reabilitação de casas. O terceiro lugar, com um prémio monetário no valor de mil euros, foi atribuído à Pic-a-Home, uma aplicação que permite a qualquer pessoa reportar uma casa inabitada em tempo real.
Todas as equipas eram compostas por jovens universitários com perfis distintos da tecnologia, gestão, engenharias ou arquitetura que se uniram para dar resposta e ajudar a desenvolver ideias tecnológicas, inovadoras e sustentáveis para o desafio de dar nova vida às mais de 48 mil casas vazias da cidade.
Filipa Roseta, vereadora da habitação e desenvolvimento local da Câmara Municipal de Lisboa que entregou o primeiro prémio, explica que “a verdadeira importância deste projeto é a aproximação da tecnologia e da inovação à habitação. É uma oportunidade de atualizar modelos no setor da habitação, em Lisboa, e criar exemplos para outras situações”.
Gil Azevedo, diretor executivo da Startup Lisboa, sublinhou que “Houve um trabalho fenomenal desenvolvido por todos os participantes do HACKATHOME que espero que possam ter ganho uma vontade de fazer parte do futuro do empreendedorismo do país”.
No evento, que decorreu no último fim-de-semana no Hub Criativo do Beato, participaram 13 equipas, com 59 concorrentes que tiveram apenas 24 horas para idealizar uma solução com base na tecnologia para o problema apresentado pelos promotores do concurso. O programa culminou num pitch final de onde foram selecionados os três vencedores.