Começou por ser uma pequena loja de sucesso e prepara-se agora para crescer, levando a sua marca a uma dimensão nacional. Franchisar a marca é dar uma nova escala ao sucesso.
A Kacaoland começou a servir comida rápida, mas acabou por se especializar no chocolate. O sucesso da mudança levou os dois sócios a aventurar-se no mundo do franchise. Agora o seu conceito dá os primeiros passos como marca franchisada, com a entrada de três novos parceiros para impulsionar o negócio.
O Empreendedor falou com Madelin Cruz e Rafael Almeida, os dois sócios da empresa. Para quem pretende franchisar a sua marca os dois fundadores da Kacaoland recomendam que procurem sempre ajuda especializada.
– Quando começaram o vosso negócio já tinham o franchising em mente?
Não. Começámos este negócio na nossa zona de residência, na Praia da Barra (Aveiro), onde um dos sócios já tinha um estabelecimento, que se situa justamente ao lado deste, e que disponibilizou espaço de armazém.
No início da nossa caminhada no empreendedorismo a nossa ementa era muito diferente: apostámos em hambúrgueres, francesinhas e comidas rápidas. No entanto, 3 semanas após a abertura, verificámos que os consumidores preferiam as nossas Waffles, e os nossos Crepes e o nosso Chocolate, então decidimo-nos pela readaptação total do conceito base, concentrando-nos no Chocolate acompanhado das nossas iguarias de receita única.
– Porquê escolher franchisar e não aceitar uma franchise?
A resposta é muito simples, Inovação. Apesar do chocolate começar a ser muito banal neste tipo de negócio, há que inovar, não nos podemos limitar apenas a um chocolate, a um creme de avelãs ou ao produto de uma determinada marca. O chocolate tem uma variedade tão grande, e a nossa loja consegue uma junção perfeita dessa diversidade, que ser apenas mais uma franshise de um produto limitado não seria uma vantagem rentável. Por isso nos decidimos pelo franshising do nosso conceito, que começou justamente pela abordagem dos nossos clientes a esta questão. A diversidade é o que o que nos distingue.
– O que teve de mudar no vosso projeto original para o adaptar ao franchise?
Tivemos de nos focar. Foi necessário pôr de parte o sentimento e a ligação que criámos ao nosso projeto e adaptar o conceito para o tornar acessível aos nossos franshisados. Daqui para a frente a Kacaoland deixou de ser unicamente nossa e estendemo-la à grande família Kacaoland (os nossos clientes de franshinig) que estamos a criar.
– Do vosso ponto de vista o que é que se deve ter em conta antes de pretender franchisar um negócio?
Apesar de nós (Rafael Almeida e Madelin Cruz) sermos muito organizados e focados no trabalho tivemos de nos apoiar em alguém que realmente perceba de Franshing, neste momento temos uma equipa que trabalha connosco a 100%, que nos guia e que nos aconselha nestas questões e a quem agradecemos estes primeiros passos certeiros que estamos a dar. E este talvez seja um dos principais conselhos que recomendamos para quem está a iniciar um negócio destas dimensões: apoiar-se em quem saiba realmente o que está a fazer, porque ninguém tem a obrigação de saber tudo, e existem profissionais experientes nestas áreas, que nos levam mais longe.
– Que dificuldades tiveram para implementar o conceito?
Nenhuma. A qualidade do nosso produto e a diversidade dos chocolates fala por si. O chocolate atualmente está na moda, e associá-lo às nossas waffles, de receita nórdica caseira, torna tudo muito mais incrível e irresistível.
– A concorrência de conceitos semelhantes é um desafio ou preocupação?
A concorrência nunca foi para nós uma preocupação, uma vez que trabalhamos de maneira distinta, com mais variedade e escolha para o consumidor, no entanto não deixa de ser um estímulo para conseguir inovar ainda mais a nossa Kacaoland.
– Quais são as principais preocupações dos parceiros que se associam à sua marca?
Tentamos que sejam nulas. Presentemente temos um projeto tão fiel, e um conceito tão estruturado, que pouca coisa pode corre mal. Procuramos dar sempre o nosso apoio, conselhos e now-how aos nossos parceiros, afinal, o sucesso deles será também o nosso.
… E as maiores fragilidades que encontrou nos potenciais interessados no seu conceito?
As fragilidades dos nossos interessados são na maioria idênticas: o financiamento. A conjuntura financeira que o país atravessa não é a mais favorável, no entanto o nosso projeto de franshising inclui toda a informação relativa a estímulos financeiros e medidas apropriadas a cada situação, assim conseguimos ajudar os nossos parceiros em todas as questões deixando-os mais tranquilos e confiantes no projeto e num futuro promissor. Tirando este pequeno senão, uma outra preocupação relaciona-se com uma boa localização da loja, o que do nosso ponto de vista é já meio caminho para um bom negócio.
– Na vossa experiência de empreendedor este foi o seu primeiro negócio?
De ambos os sócios já temos uma veia empreendedora com negócios noutros ramos, no entanto neste que abrange o franshising somos principiantes.
– O que os levou a começar no empreendedorismo?
A veia empreendedora já nos corre no sangue, dar este passo foi para ambos um caminho fácil de seguir.
… E este negócio?
Vontade de crescer, transmitir conhecimento e de levar a marca Kacaoland o mais longe possível. É claro que a paixão que sentimos pelo chocolate foi – e é – uma grande ajuda e motivação.