Laboratórios Colaborativos ultrapassam os 50 milhões de investimento

Joana Mendonça, presidente da ANI falando na tribuna do 3º Encontro Anual de CoLAB
Joana Mendonça, presidente da ANI (fotograma de Youtube/ANI)

Agência Nacional de Inovação (ANI) apresentou os resultados e perspetivas dos 35 Laboratórios Colaborativos reconhecidos até 2021. Os números foram avançados no decorrer do 3.º Encontro Anual, a decorrer na Universidade do Algarve. Segundo a ANI, entidade nacional que regula a operação dos CoLAB, o financiamento competitivo cresceu 2,5 vezes em 2021 e foram ultrapassados os 50 milhões de euros de investimento.

Os Laboratórios Colaborativos (CoLAB) são centros de Investigação e Inovação que conectam empresas e universidades operando em áreas estratégicas como Saúde, Energia e Sustentabilidade, Transformação Digital e Agroalimentar, com o objetivo de promover o desenvolvimento e as exportações.

De acordo com o 3º Relatório de Acompanhamento “Laboratórios Colaborativos – Evolução e integração em Portugal e na Europa”, desenvolvido pela ANI, e apresentado no encontro, os CoLAB têm vindo a reforçar a sua participação em programas competitivos, tendo aumentado 2,5 vezes a captação deste tipo de financiamento.

Infografia de Agência Nacional de Inovação (ANI)

Em 2021, existiam em Portugal 35 Laboratórios Colaborativos reconhecidos, agregando no seu conjunto 295 entidades parceiras, nomeadamente 173 empresas e 122 entidades não empresariais, incluindo instituições de ensino superior, centros de investigação, associações e parceiros locais.

A Agência Nacional de Inovação, entidade pública que acompanha e monitoriza a atividade dos CoLAB, refere que as empresas representam agora 58,6% dos associados (mais 12,6% que em 2020), resultado de um reforço da sua representação nestas estruturas. Destas empresas, 91 são Pequenas e Médias Empresas.

Os CoLAB estão distribuídos por todo território nacional, com predominância na região Norte (38%), na Área Metropolitana de Lisboa (33%) e na região Centro (18%). Atualmente empregam 639 profissionais, altamente qualificados, 32% dos quais doutorados, o que corresponde a 107% do objetivo para 2022.

Em 2021, foram os laboratórios  nas áreas dos Materiais, Economia Circular e Sustentabilidade que contrataram um maior número de colaboradores qualificados  e que também registaram um maior volume de vendas. Já, a área Agroalimentar foi a que registou o maior número de clientes.

Impacto na criação de emprego qualificado

A criação de Laboratórios Colaborativos visa a diversificação das entidades que compõem o Sistema Nacional de Inovação e promover a criação de emprego altamente qualificado. Ao longo do ultimo ano o numero de profissionais ligados a estes centros de inovação, cresceu 13,7%, face a 2020.

Joana Mendonça, presidente da ANI, acredita que os CoLAB se têm revelado uma oportunidade para que as instituições científicas e académicas, em estreita colaboração com atores económicos, sociais e culturais, contribuam para a construção, em Portugal, de projetos de relevância internacional.

“Se pensarmos na rede densa de instituições de I&D em que os Laboratórios Colaborativos se integram e de estarem orientados para a implementação de soluções efetivas e com impacto socioeconómico para resolver problemas complexos e de grande dimensão das empresas, percebemos que os resultados são um forte incentivo para continuar a apostar”, afirma Joana Mendonça.

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