
A valorização da imagem é um fator essencial para o sucesso das pequenas e médias empresas portuguesas. Muitas produzem bens e serviços de excelência, mas não investem na forma como se apresentam ao mercado, perdendo oportunidades de crescimento. Para Leonel António Guerreiro, Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP), a diferenciação e o posicionamento estratégico começam pela forma como as empresas comunicam.
Empresário há 27 anos, Leonel António Guerreiro construiu a sua carreira entre França e Portugal, tendo experiência em setores como a comunicação, a formação empresarial e a indústria. Lidera dois grupos com mais de 1.000 trabalhadores e tem uma visão global dos desafios das PME, fruto do seu percurso internacional em cerca de 50 países. Atualmente, à frente da delegação Setúbal-Lisboa da CCIFP, trabalha para aproximar as PME portuguesas de mercados francófonos e anglófonos, impulsionando a sua internacionalização.

A comunicação como chave para o crescimento das PME
Consciente da importância da comunicação, Leonel António Guerreiro lançou o Festival de Curtas-Metragens para PME, um evento inspirado no Festival de Cannes, mas dedicado ao mundo empresarial. “Não o vamos fazer com as vedetas do cinema internacional, mas com o empreendedor português”, explica. O objetivo é sensibilizar as pequenas e médias empresas para o impacto da sua imagem e ajudá-las a criar materiais de comunicação que destaquem os seus serviços e produtos.
Para o presidente da CCIFP, a imagem é um fator estratégico que pode transformar a presença de uma PME no mercado. “Cada pequena empresa tem agora acesso a ferramentas que lhe permitem mostrar os seus serviços de forma profissional e atrativa. O Festival de Filmes pretende contribuir para que as PME percebam o valor da sua imagem.”

Um momento estratégico para as PME portuguesas
Além da valorização da comunicação, Guerreiro destaca que o atual contexto europeu representa uma oportunidade para as empresas portuguesas se afirmarem. “Portugal tem uma janela de oportunidade com o que está a passar no mundo.” Segundo o líder da CCIFP, a flexibilidade e a criatividade dos portugueses são vantagens competitivas que devem ser aproveitadas. “A flexibilidade e as boas relações com o mundo inteiro, e particularmente com os PALOP, fazem com que este país seja provavelmente um dos mais capazes de se adaptar às novas regras do mundo.”
A CCIFP desempenha um papel ativo na criação de pontes entre as PME portuguesas e os mercados internacionais. A organização integra uma rede de 600 empresas em França e 12 delegações, ligando empresários a novas oportunidades de negócio. Além disso, a sua ligação a 56 câmaras de comércio portuguesas espalhadas pelo mundo permite que as PME tenham acesso a mercados externos e a redes de apoio para a exportação.
Com iniciativas como o Festival de Curtas-Metragens e a aposta na formação, a CCIFP procura dotar as PME das ferramentas necessárias para competirem num mercado cada vez mais exigente. Para Leonel António Guerreiro, a chave está na capacidade de adaptação e na forma como as empresas se posicionam. “O nosso objetivo é fazer entrar dinheiro em Portugal, ajudando as PME a estruturar-se, a melhorar a sua imagem e a conquistar novos clientes.”