Amiúde, ouvimos dizer que Portugal “tem falta de líderes para os muitos chefes que tem”. De facto, o problema da liderança já vem de anos e resulta de um desinvestimento em competências comunicacionais e de comportamento que depois leva a que o desnorte nas organizações seja evidenciado pela negativa.
Ser Líder é orientar para o caminho a seguir e delegar as responsabilidades que não sendo assim estariam destinadas para um homem só.
A liderança ultrapassa muitas vezes a simples motivação da equipa para passar a um patamar inspiracional e até de exemplo a ser seguido. Isso reflete-se acima de tudo nas atitudes praticadas em constante coerência, com aquilo que se propaga na teoria.
Além disso, um Líder só é afirmado como tal , quando os seus pares o reconhecem como farol de boas práticas e excelentes condutas.
Então, como ter mais cultura de Liderança em Portugal? Não havendo a possibilidade de ter uma fábrica a colocar humanos em catadupa a sair das linhas de montagem com um chip integrado, temos de apostar forte na educação e desenvolvimento pessoal.
Ora, isso passa por alterar o currículo escolar como uma das formas de incutir nos mais novos, a importância de liderar, ao invés de chefiar; e como liderar pelo exemplo.
A juntar a isto, devemos também apostar no desenvolvimento de skills emocionais e de oratória que em muito vão contribuir para as futuras mensagens que devem ser passadas tendo por base a clareza e fluidez.
Liderar não é obstruir; Liderar é traçar o rumo para que em conjunto consigamos atingir os objetivos de todos e encarar os mesmos como um bem comum.